POSICIONAMENTO
Otto diverge de Alcolumbre sobre dosimetria: “Não posso aceitar”
Presidente do Senado querique a matéria seja votada direto no plenário ainda este ano

Por Anderson Ramos

O senador Otto Alencar (PSD-BA) divergiu publicamente, nesta terça-feira, 9, do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) sobre a tramitação do projeto de lei da Dosimetria.
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Alcolumbre disse que queria que a matéria fosse votada direto no plenário ainda este ano, ao que o baiano se opôs e disse que tudo deverá passar pela comissão.
O amapaense respondia a um questionamento sobre o compromisso que fez com senadores sobre a anistia ao presos pelo 8 de janeiro. “Eu fiz um compromisso com os lideres e com o Brasil que, se a Câmara deliberasse esse assunto, o Senado deliberaria sobre esse assunto (…) nós vamos deliberar assim que a Câmara deliberar. Esse ano ainda”, disse Alcolumbre, no plenário.
Otto se opôs publicamente e disse que a proposta não deve ir diretamente ao plenário sem passar pelo crivo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), colegiado presidido por ele.
“Presidente, me permita discordar, porque não é possível que não passe na Comissão de Constituição e Justiça. Passou um tempão lá, meses lá [na Câmara]. Vai chegar aqui e votar imediatamente, Presidente? Essa é uma coisa que eu não posso aceitar”, disse,
“Chegando na CCJ, vou designar relator no tempo certo, vamos discutir, deliberar e votar lá, não tem nenhum problema. Mas não para chegar e votar de afogadilho. De afogadilho é impossível. É um desrespeito aos Senadores. Eu tenho minha posição pessoal e vou manifestá-la aqui. Lá, não. Como Presidente, eu, eu vou colocar, designar um relator, colocar em votação, deliberar. Tem maioria, aprova”, continuou, sendo apoiado em seguida pelo líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA).
Veja o momento:
Otto Alencar, presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, discorda de Alcolumbre. pic.twitter.com/7LNM5KS4iD
— Blog do Noblat (@BlogdoNoblat) December 9, 2025
PL da Dosimetria
A Câmara deve votar nesta terça, 9, o projeto que prevê a redução das penas para os envolvidos nos atos do 8 de janeiro, englobando também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A ideia é que Bolsonaro, hoje condenado a 27 anos e três meses de prisão, fique apenas pouco mais de dois anos em regime fechado.
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