POLÍTICA
"Não há imunidade contra o autoritarismo", diz Carmen Lúcia
Ministra destacou conquistas da redemocratização e a necessidade de responsabilizar golpistas

Por Alan Rodrigues

A ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), utilizou o tempo do seu voto para enfatizar a gravidade dos atos de 8 de janeiro de 2023 e relembrar a longa e acidentada trajetória de construção da democracia brasileira.
Segundo a ministra, o Brasil tem um 'melancólico histórico' de rupturas institucionais. Ela lembrou que a redemocratizaçãodo Brasil completa este ano 40 anos e a Constituição Brasileira atinge 37 anos de promulgada em 25 dias, e alertou para a necessidade de protegê-la.
"Por mais que se cuide de produzir instrumentos e vacinas... em nenhum lugar do mundo se tem imunidade absoluta contra o vírus do autoritarismo".
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O julgamento, conduzido pela Primeira Turma da Corte, é considerado decisivo para o destino de Bolsonaro e de outros sete acusados. O voto de Cármen Lúcia é o quarto a ser apresentado e pode definir a maioria do colegiado, que já conta com manifestações divergentes entre os ministros.
Além de Cármen Lúcia, compõem a Turma os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux e Cristiano Zanin. Enquanto Moraes e Dino defenderam penas mais severas, Fux abriu divergência ao absolver parte dos réus.
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