PERDÃO?
Lula apoia redução de pena a golpistas, mas nega anistia a Bolsonaro
Projeto avançou na Câmara após aprovação da urgência, na quarta-feira, 17

Por Anderson Ramos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ser favorável ao projeto de lei de anistia que pode reduzir as penas dos golpistas envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. A afirmação foi feita durante encontro com a bancada do PDT no Congresso, na quarta-feira, 17, segundo informações do Metrópoles.
O Planalto espera ter mais participação nas discussões envolvendo a construção da proposta, o que depende de entendimentos com o Centrão.
O requerimento de urgência para tramitação célere do PL da anistia foi aprovado na Câmara dos Deputados na calada da noite de ontem. Após longas discussões e gritos de protesto contra e a favor da medida, a urgência passou para uma nova fase, com placar de 311 votos a 163 e 7 abstenções. Com a aprovação, o documento terá a tramitação acelerada.
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Nesta quinta, 18, o deputado e presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (SP), deve ser anunciado pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB) para relatar a proposta. A proximidade de Paulinho com o Supremo Tribunal Federal (STF), governo e Centrão, pesou para sua escolha.
Bolsonaro não
Em contrapartida, Lula foi enfático ao dizer que não sancionará nenhum projeto de anistia que conceda benefícios a Jair Bolsonaro. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por envolvimento na trama golpista.
"Se viesse pra eu vetar, pode ficar certo de que eu vetaria. Pode ficar certo que eu vetaria", disse Lula em entrevista à BBC News Brasil na quarta.
Apesar de dizer que vetaria a anistia, Lula tentou se distanciar do assunto indicando que caberia ao Congresso e não a ele decidir sobre o assunto.
"O presidente da República não se mete numa coisa do Congresso Nacional. Se os partidos políticos entenderem que é preciso dar anistia e votar a anistia, isso é um problema do Congresso", diz o presidente.
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