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Polícia impede fuga da família de chefe do TCP rumo à Bolívia

Esposa, três filhos e sobrinho do criminoso viajavam em comboio

Luan Julião

Por Luan Julião

09/12/2025 - 12:59 h
TCP teve origem no Rio de Janeiro
TCP teve origem no Rio de Janeiro -

Uma operação coordenada entre a Polícia Civil do Rio de Janeiro e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) impediu, na segunda-feira, 8, que a esposa, os três filhos e um sobrinho de Álvaro Malaquias Santa Rosa, o “Peixão”, principal liderança do Terceiro Comando Puro (TCP), deixassem o Brasil pela fronteira com a Bolívia. O grupo foi interceptado na região de Corumbá (MS) após partir do Rio em dois veículos monitorados pela inteligência fluminense.

Segundo o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, toda a movimentação vinha sendo monitorada pela Subsecretaria de Inteligência e pelo Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE). A suspeita inicial de que Peixão estivesse escondido entre os familiares foi descartada durante a abordagem.

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O alerta para interceptar os carros chegou à PRF por volta do meio-dia. A ação ocorreu na BR-262, em Campo Grande. Aos policiais, os motoristas relataram que foram contratados por um conhecido que vive na Bolívia para transportar a família até Corumbá. Disseram ainda que viajaram de avião ao Rio, onde passaram a noite, antes de seguir de carro para o Mato Grosso do Sul.

Joias com símbolos da facção

Durante a fiscalização, foram encontradas diversas joias dentro dos veículos — várias fazendo referência direta a Peixão e ao “Complexo de Israel”, território controlado pela facção na zona oeste do Rio. Entre os itens, havia uma Estrela de Davi com a inscrição “Israel Defense Force”. O sobrinho do traficante afirmou ser o proprietário das peças.

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A esposa, os filhos, o sobrinho e os motoristas foram detidos por suspeita de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, além de participação ou financiamento de organização criminosa. Todos foram encaminhados à Polícia Federal em Mato Grosso do Sul.

A Polícia Civil do Rio continua investigando a movimentação do grupo e mantém esforços para localizar Peixão, apontado como um dos chefes mais violentos do tráfico na região de Senador Camará e áreas próximas.

Facção e sua simbologia

O Terceiro Comando Puro (TCP) surgiu em 2002, após uma cisão interna no Terceiro Comando durante conflitos em Bangu 1. Desde então, trava disputa direta com o Comando Vermelho. Além de Peixão, outros líderes se destacam: Thiago da Silva Folly, o “TH”, na Maré, e Bruno da Silva Loureiro, o “Coronel”, na zona oeste.

A facção utiliza com frequência simbologia religiosa como estratégia de influência territorial. Em Parada de Lucas, pinturas da Estrela de Davi e bandeiras de Israel marcam o domínio do grupo. Os integrantes se autodenominam “soldados de Jesus” e Tropa de Aarão, reforçando uma narrativa espiritual para consolidar o controle comunitário. Na estação de trem do bairro, uma placa dá as boas-vindas: “Seja bem-vindo ao Complexo de Israel”.

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Tags:

inteligência policial lavagem de dinheiro Polícia Civil simbologia religiosa Terceiro Comando Puro tráfico de drogas

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