Busca interna do iBahia
HOME > BRASIL
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

EQUIDADE

CNJ aprova regra de gênero para ampliar número de juízas

Atualmente, apenas 38% das vagas na magistratura são ocupadas por mulheres

Da Redação

Por Da Redação

26/09/2023 - 19:43 h
2ª Sessão Extraordinária de 2023 do CNJ
2ª Sessão Extraordinária de 2023 do CNJ -

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nesta terça-feira, 26, de forma histórica e unânime, a criação de política de alternância de gênero no preenchimento de vagas para a segunda instância em tribunais federais, estaduais, militares e trabalhistas, nas promoções pelo critério do merecimento.

Para a conselheira Salise Sanchotene, relatora da medida, o texto é um passo importante após diversos e amplos debates para equidade nos tribunais, e estabelece uma ação afirmativa de gênero voltada ao acesso ao segundo grau de jurisdição, que atualmente tem os homens ocupando 75% das vagas.

Tudo sobre Brasil em primeira mão!
Entre no canal do WhatsApp.

“Não estamos tratando apenas de promoção de juiz, mas de garantir a democracia, de garantir uma política afirmativa de paridade de gênero nos tribunais. A proposta já vem sendo debatida há muito tempo, entre todos os envolvidos”, afirmou Salise na apresentação de seu voto, inspirado na Política Nacional de Incentivo à Participação Feminina no Poder Judiciário.

Segundo o CNJ, as mulheres representam 38% da magistratura, sendo 40% presentes no primeiro grau de jurisdição e apenas 21% no segundo grau. Segundo a resolução aprovada, em 2ª Sessão Extraordinária de 2023, a ação afirmativa deve ser temporária e perdurar até o atingimento da paridade nos tribunais.

Com a decisão, as cortes deverão seguir a seguinte orientação para a ocupação de um cargo pelo critério do merecimento: lista mista e lista exclusiva de mulheres. Para a aferição dos resultados, o CNJ deverá manter banco de dados atualizado sobre a composição dos tribunais.

A ministra Rosa Weber, que é a presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou a importância da medida. “Numa sociedade democrática não deve haver temas tabus. Os assuntos devem vir a debate e isso é muito importante. No Supremo, quando tratamos de anencefalia, de cotas raciais nas universidades, ou de marco temporal para os indígenas, sempre houve resistência. E eu compreendo a resistência. O ser humano tem dificuldade de ver o novo e de enfrentá-lo. Mas é, sim, necessário fazê-lo”, afirmou Rosa Weber.

Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.

Participe também do nosso canal no WhatsApp.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

CNJ genero Juízas Tribunais

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
2ª Sessão Extraordinária de 2023 do CNJ
Play

Bolsonaro Free? Eduardo vai até local sagrado em Israel e faz pedido

2ª Sessão Extraordinária de 2023 do CNJ
Play

“Pegada suicida”: entenda o erro que causou a morte de homem atingido por supino

2ª Sessão Extraordinária de 2023 do CNJ
Play

Luto verde? Marina Silva reage após derrubada polêmica do PL da Devastação

2ª Sessão Extraordinária de 2023 do CNJ
Play

Vídeo: presidente Lula emociona-se com discurso de jovem moçambicana

x