ECONOMIA
Quase R$ 1,5 trilhão! Saiba no que governo gastou fortuna
Maior salto nos gastos aconteceu entre 2019 e 2020

Por Yuri Abreu

O governo federal gastou R$ 1,438 trilhão em auxílios sociais desde a pandemia de Covid-19. O número considera a soma dos repasses de Auxílio Emergencial, Auxílio Brasil, Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC) — veja valores de cada um deles ao final do texto.
O levantamento foi feito pela CNN Brasil com base em dados do Ministério do Desenvolvimento Social. O maior salto aconteceu entre 2019 e 2020, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): o valor aumentou em quatro vezes, de R$ 86,6 bilhões para R$ 365,5 bilhões. O principal motivo foi a criação do Auxílio Emergencial para atender pessoas impactadas pelas restrições da crise sanitária.
Em 2021, o valor de repasses é reduzido, mas permanece duas vezes maior que aquele registrado em 2019: R$ 159,1 bilhões. No ano seguinte, a cifra volta a subir, quando o Ministério da Fazenda, comandado por Paulo Guedes, estabeleceu o Auxílio Brasil e eleva o benefício para R$ 600.
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Confira os valores pagos pelo governo federal em auxílios sociais desde a pandemia:
- Auxílio Emergencial: R$ 372 bilhões
- Auxílio Brasil: R$ 126,7 bilhões
- Bolsa Família: R$ 468,9 bilhões
- BPC: R$ 456,3 bilhões
- Total: R$ 1,438 trilhão
Orçamento inchado
Segundo especialistas, o avanço destes auxílios infla o orçamento do Brasil — cerca de 96% do Orçamento hoje é composto por gastos que o governo não controla. Isso acaba tirando o espaço de investimentos.
“Nós estamos passando por uma crise fiscal que se arrasta há anos. O governo tem déficit primário e endividamento crescente, o que onera a economia brasileira, afasta investimentos. Há dificuldade do governo de encontrar uma solução de médio e longo prazo para as finanças públicas no Brasil”, afirmou à CNN Brasil Murilo Viana, especialista em contas públicas.
Para o economista-chefe da ARX Investimentos, Gabriel Leal de Barros. há no mínimo R$ 20 bilhões em gastos orçamentários que o governo pode cortar com o combate às fraudes. Quando o assunto é concessões de benefícios indevidos, o auxílio que mais preocupa é o BPC. Nos últimos cinco anos, o gasto para bancá-lo dobrou.
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