PRONUNCIAMENTO
Jerônimo celebra ação que desmontou esquema em postos de combustíveis
Operação Primus mobilizou mais de 170 policiais e bloqueou R$ 6,5 bilhões em bens

Por Anderson Ramos

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) fez um pronunciamento em suas redes sociais nesta quarta-feira, 22, celebrando o resultado da Operação Primus, deflagrada pela Polícia Civil na semana passada, que desarticulou um grupo criminoso responsável por estruturar e expandir uma rede empresarial voltada à adulteração e comercialização irregular de combustíveis na Bahia.
O esquema bilionário de adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro envolvia mais de 200 postos em três estados. Foram nove prisões, mais de 170 policiais envolvidos e R$ 6,5 bilhões bloqueados, naquela que já é considerada como uma das maiores operações policiais da história da Bahia.
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Em seu discurso, Jerônimo comparou a operação com a Carbono Oculto, que desmantelou um esquema parecido com ramificações na Faria Lima, maior centro financeiro do Brasil, em São Paulo. O governador também garantiu que novas ofensivas contra o crime organizado serão feitas no estado.
“Aqui na Bahia vamos fazer mais operações como essa. Segurança não é só combater o crime nas ruas, é também investimento em inteligência, tecnologia e investigação para desmontarmos o centro financeiro do crime organizado. É isso que vamos fazer cada vez mais, todos juntos pela segurança pública. Estamos ao lado das famílias baianas", afirmou o governador.
PCC x Shell
Um dos presos na Operação Primus foi Jailson Couto Ribeiro, conhecido como Jailson Jau. Sua prisão revelou que postos de combustíveis ligados ao PCC atuavam sob a bandeira da Shell, empresa integrante da ONG Instituto Combustível Legal (ICL).
Jau é considerado um dos maiores revendedores da Shell na América Latina, com cerca de 200 postos da marca, que no Brasil operam sob controle da Raízen, do empresário Rubens Ometto.
Segundo a Polícia Civil, a rede administrada por Jau integrava um esquema de adulteração e comercialização irregular de combustíveis, sendo utilizada também para ocultação patrimonial e lavagem de dinheiro, com conexões à maior facção criminosa do país.
Além de Jailson, outros cinco mandados de prisão foram cumpridos, três na Bahia, um em São Paulo e um no Rio de Janeiro.
O que diz a Shell?
Em nota enviada ao Portal A TARDE, a Raízen, licenciada da marca Shell no Brasil, negou qualquer tipo de ligação da empresa com a facção criminosa PCC e chama a correlação de "criminosa".
Leia nota na íntegra
"A Raízen, licenciada da marca Shell no Brasil, informa que acompanha o caso envolvendo a rede Lubrijau, no âmbito da Operação Primus.
A empresa esclarece que não mantém qualquer relação comercial com essa rede, sendo o uso da marca Shell feito de maneira ilegal. A companhia está atuando judicialmente para retirada completa da identidade visual.
A Raízen reitera que não compactua com qualquer tipo de irregularidade e reforça seu compromisso com a transparência, a integridade e o respeito às normas legais em todas as suas operações e relacionamentos".
*Matéria atualizada para acrescentar o posicionamento da Shell.
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