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POLÍTICA

Governo da Bahia se despede de Preta Gil: “Legado do povo baiano”

Secretaria de Cultura da Bahia lamentou o falecimento da artista e destacou seu legado de coragem, diversidade e profunda ligação com o estado

Flávia Requião

Por Flávia Requião

21/07/2025 - 6:47 h | Atualizada em 21/07/2025 - 7:07
Preta Gil
Preta Gil -

A Secretaria de Cultura da Bahia (Secult-BA) lamentou, na noite deste domingo, 20, a morte da cantora e atriz Preta Gil. Ela estava internada em um hospital nos Estados Unidos e enfrentava, nos últimos anos, uma longa batalha contra o câncer de intestino.

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“A Secult-BA lamenta profundamente o falecimento da cantora, atriz, empresária e produtora cultural Preta Gil, ocorrido na noite deste domingo, 20, em Nova Iorque (EUA). Mulher negra, artista plural e figura importante na luta por representatividade e liberdade, Preta Gil deixa um legado na cultura brasileira, construído com coragem, alegria e autenticidade”, iniciou o comunicado.

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“Filha de Gilberto Gil, um dos maiores nomes da música e da cultura nacional, e de Sandra Gadelha, Preta sempre carregou com orgulho suas raízes baianas. Ainda que tenha nascido no Rio de Janeiro, jamais escondeu o vínculo afetivo e artístico com a Bahia, terra de sua ancestralidade e da tradição cultural que ajudou a moldar sua identidade. Ao longo de carreira, esteve presente em importantes palcos baianos, sendo presença constante no Carnaval de Salvador, onde comandou trios elétricos que celebravam a diversidade, a liberdade de expressão e o direito de todos a ocupar as ruas com alegria e respeito”, ressaltou a nota.

O secretário de Cultura, Bruno Monteiro, também se pronunciou e destacou a trajetória marcante da artista. “A Bahia, que faz parte da história de sua família, de sua música e da sua essência, se despede com gratidão. Que a memória de Preta Gil siga viva em cada gesto de amor, em cada escolha que fazemos pela alegria, pela liberdade, pelo respeito à arte e à diversidade”, afirmou.

“Ela construiu sua trajetória profissional e artística ancorada na sensibilidade, no compromisso com a liberdade e no respeito às diferenças. Falou de temas espinhosos com a delicadeza e a força de quem não tinha medo da verdade. Fez da sua arte um lugar de acolhimento e de projeção de muitas outras vozes, tornando-se referência no enfrentamento aos tabus. Deixa, ao Brasil e ao mundo, o legado de que é possível combinar arte com coragem e liberdade”, finalizou Bruno.

A Secretaria, que também homenageou a cantora nas redes sociais, manifestou pesar pela perda e se solidarizou com os entes queridos da artista. “Neste momento de luto, a SecultBA se solidariza com os familiares, amigos, fãs e com toda a classe artística. Seu legado permanecerá vivo na memória afetiva do povo baiano e nos muitos gestos de amor e resistência que marcaram sua trajetória.”

Preta foi diagnosticada com câncer de intestino no início de 2023. Ela suspeitou do problema de saúde após sofrer com constipação intestinal, fezes achatadas e muco acompanhado de sangue.

Na época, ela chegou a realizar sessões de radioterapia e precisou passar por uma histerectomia total abdominal, para a remoção do útero. Após este tratamento primário, Preta entrou em um período de remissão: o câncer não estava mais sendo detectado por exames físicos, de imagem, tomografia e/ou sangue.

No entanto, em agosto de 2024, a artista contou que o câncer havia voltado, sendo detectado em dois linfonodos, no ureter e no peritônio — membrana da cavidade abdominal que envolve órgãos como estômago e intestino.

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Trajetória de Preta Gil

Preta Maria Gadelha Gil Moreira nasceu no Rio de Janeiro, mas passou parte de sua infância e juventude na Bahia. Em meio a influência musical do pai e por ser afilhada da lendária cantora Gal Costa, ela cresceu cercada por um ambiente artístico e cultural que iria ditar a sua trajetória.

Preta começou nos bastidores, trabalhando na produção de shows e videoclipes. Foi apenas em 2003 que ela estreou como cantora com o álbum Pret-à-Porter, marcando o início de uma carreira musical que desafiava padrões e celebrava a diversidade. No ano seguinte, aventurou-se como apresentadora no programa Caixa Preta, exibido pela Band.

Em 2005, lançou seu segundo álbum, intitulado Preta, e deu início ao projeto Noite Preta, um show que ganhou notoriedade e se transformou em um DVD de grande sucesso. Na televisão, Preta também fez participações em novelas e séries.

Na vida pessoal, Preta Gil foi casada com o ator Otávio Müller, com quem teve um filho, Francisco. Após o término, teve relacionamentos com os atores Caio Blat e Paulo Vilhena. Em 2015, casou-se com o personal trainer Rodrigo Godoy, cuja separação foi turbulenta e marcada por um episódio de traição envolvendo o ex, no momento em que ela descobriu o câncer.

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Tags:

Morte Preta Gil Secult-BA

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