Em pronunciamento, Lula manda recado para Trump e clã Bolsonaro: "Traidores"

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mandou um duro recado para Donald Trump, chefe da Casa Branca, e para o clã Bolsonaro, durante pronunciamento dedicado à independência do Brasil, na noite deste sábado, 7. A fala em rede nacional reforçou a posição de soberania nacional adotada pelo governo nos últimos meses.

Lula afirmou que não aceitará qualquer interferência externa nos rumos do país, em referência aos movimentos recentes feitos pelo presidente dos Estados Unidos em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e pontuou, sem citar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atuou junto aos EUA para a adoção de medidas como o 'tarifaço', que aqueles que atentam contra o Brasil, mesmo eleitos, são "traidores da pátria".

"Não aceitamos ordem de quem quer que seja. O Brasil tem um único dono, o povo brasileiro. Por isso defendemos nossas riquezas, nosso ambiente, nossas instituições", disparou Lula.

'Defendemos nossa democracia e resistiremos a qualquer um que tenta golpeá-la. É inadimissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil. Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A história não os perdoará", continuou o presidente.

Lula ainda reforçou a estratégia de posicionamento do Brasil enquanto nação soberana.

"A soberania pode parecer uma coisa muito distante, mas ela está no dia a dia da gente. Está na defesa da democracia e no combate à desigualdade. Está na proteção das conquistas dos trabalhadores, no apoio aos jovens para que eles tenham um futuro melhor, na criação de oportunidades para os empreendedores e nos programas que ajudam os mais necessitados. Se temos direito a essas políticas públicas, é porque o Brasil é um país soberano e tomou a decisão de cuidar do povo brasileiro", afirmou Lula.

7 de Setembro

Existe a expectativa de que as principais cidades do país sejam palcos, neste domingo, 7, de manifestações a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e da anistia aos envolvidos na trama golpista que resultou no 8 de Janeiro.

Bolsonaro saberá na próxima sexta-feira, 12, se será condenado ou absolvido por sua participação na articulação golpista.