ALBA
Caso Binho Galinha: risco de cassação abre espaço para suplente
Suplente de Binho Galinha atualmente é diretor na Bahia Pesca

Por Yuri Abreu

Em meio aos desdobramentos da operação "Estado Anômico", o deputado estadual Binho Galinha (PRD) pode acabar tendo o mandato cassado pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Em caráter reservado, há colegas de parlamento que acreditam que ele não deve escapar da punição máxima, devido o envolvimento do parlamentar no caso — ele está foragido, de acordo com a Justiça.
Se de fato este cenário se concretizar, o questionamento é quem seria o substituto dele na Casa. Em 2022, ainda no Patriota — partido que se fundiu em 2023 com o PTB, gerando o PRD — Binho Galinha foi eleito com 49.834 votos, sendo o único representante da sigla conduzido à Assembleia.
O primeiro suplente foi Josafá Marinho, que recebeu 33.545 votos. Mas, diferente do Binho Galinha, ele já teve um curto mandato na Alba. Em novembro de 2020, tomou posse no parlamento baiano no lugar do Pastor Tom (PSL), que teve a perda de mandato declarada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Atualmente, Josafá Marinho é diretor da Bahiapesca. Vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do Estado da Bahia (Seagri) é uma empresa vinculada responsável por fomentar a pesca e a aquicultura no estado.
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A atuação do órgão se baseia na implantação de projetos sustentáveis que consideram aspectos econômicos, sociais, ambientais e culturais, com o objetivo de promover o desenvolvimento regional.
Alba e Justiça sob pressão
O caso envolvendo o deputado Binho Galinha (PRD), foragido da Justiça desde a deflagração da Operação Anômico — desdobramento da "El Patrón" — pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público da Bahia (MP-BA), na quarta-feira, 1º, colocou luz sobre uma importante questão: o mandato do parlamentar na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
Diante do cenário, surge a expectativa por uma movimentação do Conselho de Ética da Casa, instalada há mais de um ano e meio e presidida pelo deputado estadual Vitor Bonfim (PV). De lá para cá, sempre quando questionado sobre o assunto, o verde sempre adotou uma postura evasiva.
No entanto, fontes ouvidas por A TARDE, em caráter reservado, tem opiniões diferentes sobre o assunto. Há quem defenda que a própria Assembleia tome uma atitude sobre o assunto. Porém, outros adotam um tom mais cauteloso, esperando que a Justiça, inicialmente, tome à frente da situação para que, depois, a Alba venha a se manifestar.
Para um interlocutor, o legislativo baiano nunca passou por uma situação do tipo e que a Alba pode, pelo menos de início, suspender o mandato de Binho Galinha por 90 dias. Segundo a fonte, o período de afastamento se deve para que o próprio parlamentar possa se defender.
No entanto, considera pouco provável que o colega de parlamento escape da cassação do mandato, uma vez que as denúncias contra Binho Galinha são muito fortes. "Eu acho que tem que ter muita maturidade nesse momento, mas é uma situação gravíssima", disse.
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