POLÍTICA
Carballal e Raul Jungmann são homenageados na Alba
Presidentes da CBPM e do Ibram destacam sustentabilidade e responsabilidade na mineração da Bahia

Por Flávia Requião

O presidente da Companhia Bahia de Produção Mineral (CBPM), Henrique Carballal, e o ex-ministro e presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Belens Jungmann Pinto, foram homenageados pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) nesta quinta-feira, 30, em sessão especial.
Carballal foi contemplado com a mais alta honraria da Casa, a Comenda 2 de Julho, fruto de autoria do deputado estadual Junior Muniz (PT). Ao agradecer pela comenda, ele destacou a emoção e a responsabilidade da companhia com a mineração baiana.

“Acima de tudo um sentimento de responsabilidade. Uma honraria como essa é valorizar, dar ênfase e holofote ao que a gente está fazendo. A gente percebe a importância que tem essas políticas públicas ao desenvolvimento da Bahia. Então, o sentimento agora é de muita responsabilidade e precisamos honrar o voto desses deputados e o povo que eles representam e desta forma continuar trabalhando para desenvolver a mineração garantindo que o meio ambiente tenha condições para ser preservado”, declarou, durante coletiva de imprensa.
Junior Muniz destacou que a homenagem a Carballal é "mais do que justa", em reconhecimento à trajetória, ao trabalho e à dedicação dele em prol da Bahia e do Brasil. “Parabéns pela sua atuação à frente da CBPM", afirmou o deputado.
Já o ex-ministro Raul Jungmann foi agraciado com o título de Cidadão Baiano. Emocionado, ele destacou a ligação afetiva com o estado: “A Bahia é um sentimento. Quem nasce no Brasil, nasce baiano. [...] Estou em uma felicidade imensa — na verdade, flutuando — e de certa forma fazendo um link com meu avô, que era baiano. É difícil até descrever a sensação, mas é de uma alegria enorme. Vocês não fazem ideia de como me sinto honrado, feliz e contente de poder dizer: ‘meus irmãos da Bahia, cheguei’.”
Cenário da mineração
No evento, o presidente do Ibram também fez questão de destacar a importância da sustentabilidade no setor e defendeu uma atuação responsável das empresas. “Não há futuro para a mineração se ela não cuidar do meio ambiente e não tiver licença socioambiental, não tem jogo”, afirmou.
Ele acrescentou ainda que o compromisso ambiental deve ser permanente, “para que possamos dar aos nossos filhos e netos um mundo que não viva em emergência climática”.
Ao comentar a Lei Geral do Licenciamento Ambiental, Carballal afirmou que o principal entrave para o setor não está na legislação, mas na falta de estrutura dos órgãos de controle.

“O maior problema nosso não está nas leis. Tem, na verdade, uma dificuldade na instrumentalização dos órgãos de controle. A Agência Nacional de Mineração não tem recurso humano, material, tecnológico nem financeiro para cumprir com as missões que a sociedade espera dela”, disse.
Carballal defendeu que a legislação ambiental é necessária, mas cobrou punição nos casos de tragédias como Mariana e Brumadinho.
“Barragem não cai, barragem não explode se não tiver o descumprimento das regras básicas. O que incomoda é não haver punição. Ninguém foi preso por Mariana, ninguém foi preso por Brumadinho”, afirmou.
Ele reforçou que a mineração é essencial, mas deve ser exercida de forma responsável.“A gente não pode pegar uma tragédia ou duas e tentar acabar com o setor. A mineração é fundamental e precisa atuar preservando o meio ambiente e incorporando as pessoas.”
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