NEGOCIAÇÃO
Brasil e EUA tentam chegar em acordo sobre tarifaço
Tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entra em vigor no dia 1º de agosto
Por Redação

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, conversou, na quinta-feira, 24, com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, por videoconferência.
As autoridades discutiram possibilidades para reverter a tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros que entram naquele país a partir de 1º de agosto.
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Segundo Alckmin, a conversa durou cerca de 50 minutos. “Foi uma conversa longa, colocando todos os pontos e destacando o interesse do Brasil na negociação”, disse o vice-presidente durante entrevista coletiva em Brasília.
Alckmin ressaltou que a conversa foi centrada na busca de solução para a questão comercial, seguindo a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não deixar a negociação se contaminar por questões políticas ou ideológicas.
“Em vez de ter um perde-perde, com inflação nos Estados Unidos e diminuição das nossas exportações para o mercado americano, devemos resolver os problemas, aumentar a complementaridade econômica, a integração produtiva, investimentos recíprocos. Enfim, avançarmos numa agenda extremamente positiva”, afirmou Alckmin.
“O Brasil nunca saiu da mesa de negociação. Não criamos esse problema, mas queremos resolver. Nós estamos empenhados em resolver”, ratificou.
Setor produtivo
Desde a criação do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, no dia 15 de julho, o vice-presidente realizou mais de 20 reuniões com o setor produtivo em um esforço coletivo em busca de caminhos para reverter a tarifa de 50%, que o ministro classificou como injusta.
Os encontros, presenciais e por videoconferência já reuniram mais de 100 entidades privadas, entre empresas nacionais e internacionais, associações e federações.
Nesta quinta, Alckmin reiterou o compromisso com o diálogo. “Estamos trabalhando com todo o setor produtivo no sentido de removermos essa medida, que não tem nenhuma justificativa para ser implantada”, disse o ministro.
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