Suspeito de matar obreiro com pauladas no Imbuí tem prisão convertida

O principal suspeito pelo homicídio de Lucas da Silva Lima, 31 anos, ocorrido na noite de quinta-feira, 30, em uma praça do bairro do Imbuí, em Salvador, teve sua prisão convertida em preventiva durante audiência de custódia. O investigado, Cledeson Oliveira Pinto, conhecido como 'Tarará' ou 'Gladiador', foi capturado horas após o crime.

Moradores da região relataram que o suspeito já tinha costume de atacar pessoas na praça do Imbuí e usar cachorros para ameaçar motoristas e obrigá-los a pagar estacionamento, mesmo em área de Zona Azul. Cledeson Oliveira Pinto foi preso algumas horas após o crime e passou por audiência de custódia no sábado, 01.

Durante a audiência, o Ministério Público se manifestou favoravelmente à manutenção da prisão. O órgão ressaltou que a prisão preventiva seria necessária para garantir a ordem pública.

"manifesta-se o Órgão do Ministério Público pela homologação do Auto de Prisão em Flagrante e, com base nos artigos 311 e 312 do Código de Processo Penal, pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva de Cledeson Oliveira Pinto, como forma de garantir a ordem pública".

O juiz Marcelo de Almeida Costa, ao analisar o caso, enfatizou a brutalidade do ataque e considerou os riscos de liberar o investigado:

"Conforme apurado nos autos, o investigado teria desferido golpes brutais com um pedaço de madeira tipo “barrote” contra a cabeça da vítima, a qual se encontrava desarmada e indefesa, vindo a óbito no local. O modus operandi revela alto grau de violência e total desprezo pela vida humana. Além da extrema brutalidade do crime apurado, os elementos informativos constantes dos autos indicam um padrão de comportamento violento por parte do acusado."

"A libertação do acusado representaria risco concreto e atual à ordem pública, diante da possibilidade de reiteração delitiva e do clamor social despertado pela brutalidade do crime. A sociedade deposita no Poder Judiciário a confiança de uma resposta firme e proporcional diante de fatos de tamanha gravidade, não sendo admissível que o investigado permaneça em liberdade durante o regular trâmite processual."

Quanto a medidas alternativas à prisão, o magistrado avaliou que não seriam suficientes para conter o comportamento e a conduta violenta do suspeito

"Quanto à possibilidade de aplicação de medidas cautelares alternativas à prisão, previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal, entendo que estas se mostram absolutamente inadequadas e insuficientes para o caso concreto. A gravidade extrema da conduta, o modo de execução brutal, o contexto de vulnerabilidade da vítima e os antecedentes de violência atribuídos ao investigado evidenciam que nenhuma das medidas alternativas teria aptidão para garantir a ordem pública ou evitar a reiteração criminosa."

Ao final, a decisão consolidou a prisão preventiva, com isso, a prisão de Cledeson Oliveira Pinto foi convertida para garantia da ordem pública, permanecendo detido durante a tramitação do processo.

"Homologo o auto de prisão em flagrante de Cledeson Oliveira Pinto, por não vislumbrar qualquer ilegalidade em sua lavratura, e converto a prisão em flagrante em prisão preventiva, para garantia da ordem pública."