OPINIÃO
Proteger as crianças
Editorial do Grupo A TARDE deste domingo, 7, alerta para o aumento dos acidentes infantis na Bahia

Por Redação

O crescimento de 8% no número de crianças acidentadas na Bahia, saltando de 8.250 casos para 9.114, é uma razão suficientemente forte para que adultos — mães, pais e responsáveis — aumentem os cuidados.
Dados da organização Aldeias Infantis S.O.S. apontam para uma média de 26 registros por dia, tendo por principal causa as quedas em situações diversas, muitas vezes agravadas pela “tranquilidade” injustificável no uso de câmeras.
O fato de a Bahia ter o maior litoral do Brasil, com mais de mil quilômetros de extensão, inviabiliza o posicionamento de salva-vidas em toda a costa. Essa desproporção exige atenção redobrada com o oceano.
De acordo com estatísticas confiáveis, o afogamento é a maior causa de óbito, representando 36% dos episódios. Isso demonstra o quanto agir de forma preventiva pode ser uma atitude decisiva e prudente diante de um cenário de perigo.
À beira-mar, o ambiente de distração e entretenimento gera uma sensação extrema de confiança. O problema aparece quando a criança desaparece da vista, e muitas vezes o desespero vem tarde demais.
A água pode gerar prazer e sensação de relaxamento, mas mesmo em locais aparentemente controlados — como banheiras, tanques, poços ou piscinas — existe risco. A boca e as narinas podem facilmente ficar em desnível, levando a acidentes.
Outros motivos de acidentes domésticos estão ligados ao contato com botões, moedas e anéis. O ideal é optar por brinquedos grandes e inteiros, sem risco de serem engolidos.
Também devem ser evitados o manuseio de sacos plásticos, cordões e fios. É essencial proibir o chamado “alpinismo infantil” em móveis, grades, redes, escadas, janelas e portões.
Medidas protetivas básicas e necessárias podem evitar tragédias: limitar o acesso à cozinha, colocar protetores nas tomadas e nunca confiar uma criança aos cuidados de outra.
Quem ainda não tem juízo formado precisa estar sob responsabilidade direta de um adulto — e essa condição é intransferível.
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