EDITORIAL
O valor da transparência
Confira o editorial de A TARDE desta sexta-feira
Por Editorial

O valor da transparência, conceito assimilado da óptica para a ética, adquire toda sua aura de conduta necessária, quando se trata de dar conhecimento a quem pagou pelo serviço prestado no ato da entrega.
É exatamente esta a relação do contribuinte (quem paga) com o gestor (pago para fazer e fazer bem); por óbvio, o investimento, material e conceitual, deve ser declarado na partilha geral de dados oficiais.
O decalque da ideia, comum às ciências humanas por terem sido estas criadas depois das coirmãs, trata de material capaz de permitir a passagem da luz sem dispersão, em abordagem objetiva, stricto sensu.
A matéria transparente permite a passagem da luz, no caso, o conhecimento sobre pagamentos e destinatários dos recursos financeiros arrancados aos munícipes por meio de um sem-número de emolumentos.
Os gestores públicos reativos às boas práticas têm mais uma oportunidade de verificar se têm razões para omitir alguma rubrica, além de refletir sobre a importância de informar o povo, exceto se há algo inconfessável em jogo.
Uma boa contribuição é o Painel de Transparência dos Festejos Juninos, por meio do qual serão atualizados dados informados pelos municípios, correspondendo – ou não –, a ação declarada à expectativa do público.
Quem se comportar, cumprindo seus deveres e comunicando com precisão e celeridade, terá direito a outorga do Selo de Transparência, em cerimônia já agendada para o próximo dia 10 de junho.
A iniciativa une o Ministério Público da Bahia aos tribunais de contas do Estado e dos municípios contando com apoio da União dos Municípios da Bahia (UPB) e da União das Controladorias Internas do Estado da Bahia.
O acompanhamento, pari passu, dos investimentos escolhidos, pode prevenir excessos, por exemplo, em cifras pactuadas para remuneração de shows, tomando como razoável uma fração proporcional ao orçamento.
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