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EDITORIAL

EUA, um país “trans”

Confira o editorial de A TARDE desta quinta-feira

Por Editorial

05/06/2025 - 4:20 h
Donald Trump, presidente dos EUA
Donald Trump, presidente dos EUA -

A fama de defensor dos direitos humanos, atribuída aos Estados Unidos, tendo como símbolo a Estátua da Liberdade, vem sendo erodida, dia após dia: Donald Trump é a própria imagem do antiamericanismo.

No discurso, diz querer fazer “a América grande outra vez”, no entanto, basta verificar as diretrizes da política migratória para perceber a pequenez expressa em suspensões, revogações e incertezas de todo tipo.

A polícia age truculenta a ponto de algemar pelos pés e pelas mãos mesmo quem já está rendido, como foram os casos do estudante brasileiro conhecido por Marcelo e de uma outra compatriota detida.

O rapaz de 18 anos, prestes a concluir a “high school” – equivalente ao ensino médio – foi detido em Massachussets, gerando clamor de amigos e vizinhos em manifestações.

A campanha “free Marcelo” revela a indignação de quem acreditava no corolário estadunidense da salvaguarda do precioso valor contido no lema “faze o que tu queres”, sabotado de forma irracional e exagerada.

O episódio envolvendo a brasileira é ainda mais grave, pois a produtora de eventos foi presa na porta de sua casa, por estar sem documentação, por óbvio bastava ir buscar os papéis, mas terminou levada pelos brutos.

Que a vida é feita de absurdos, não há dúvida; mas já passou de todos os limites o delírio persecutório de uma nação aliada no combate ao nazifascismo, assemelhando-se agora aos países que combatera.

Até o fornecimento dos endereços dos estudantes nas redes sociais tem sido exigido por parte das universidades, duplicando-se a vigilância aos estrangeiros, nos ambientes físico e virtual.

Assina a própria deportação quem participa de manifestações em defesa da Palestina, denunciando os ataques a crianças indefesas, além de impedir-lhes a nutrição, com o veto à distribuição de alimentos.

Interpretados os atos como antisemitismo, ou animosidade contra os judeus, resta agora reconhecer aos EUA o perfil de um país “trans”, no qual o corpo de sua cidadania livre não coincide com a orientação política do seu governo.

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