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MÚSICA

Música, chuva e emoção marcam a abertura do Capão in Blues 2025

Primeiro dia do festival estreia no feriado da Consciência Negra com shows marcantes

Isabela Cardoso

Por Isabela Cardoso

21/11/2025 - 10:14 h | Atualizada em 23/11/2025 - 21:57
Segunda apresentação da noite ficou por conta da norte-americana Alma Thomas
Segunda apresentação da noite ficou por conta da norte-americana Alma Thomas -

O Festival Internacional Capão in Blues 2025 estreou sua segunda edição nesta quinta-feira, 20, como quem desperta a vila para um novo capítulo. Desde cedo, moradores, viajantes e apaixonados pela música circularam pelas ruas, aproveitando o feriado do Dia daConsciência Negra para acompanhar a abertura da programação.

O frio típico da Chapada Diamantina e uma chuva forte tentou desacelerar o movimento, mas não conseguiu: a praça principal foi enchendo aos poucos, até virar um ponto de encontro onde diferentes trajetórias se cruzavam.

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À medida que as primeiras notas tomavam o Vale, famílias, jovens e turistas se aproximavam com guarda-chuvas, casacos e olhares atentos ao palco. A música assumiu o protagonismo e inaugurou três dias de apresentações gratuitas.

Abertura potente: música, ancestralidade e boas-vindas à Chapada

Quem deu início à noite foi a multiartista chapadense Calu Manhães, acompanhada pelo grupo Candombá Blues Dab (CBD) - Brian Duhay (voz e guitarra), Alex Kobs (bateria) e Cássio Nobre (baixo). O show inédito costurou raízes brasileiras, ritmos da floresta e vertentes do blues, abrindo espaço para a celebração da cultura local e da força feminina da Chapada.

Calu voltou ao palco de casa com emoção evidente. “Pra mim é uma grande honra, cantar em casa, pisar nesse chão, olhar pra esses rostos conhecidos ali na plateia. Eu sempre sinto que cantar aqui é como se tivesse uma responsabilidade maior, de entregar realmente tudo que essa terra me deu”, afirmou.

Calu Manhães
Calu Manhães | Foto: Olhar de Lince | Divulgação

A chuva não intimidou o público, que se aproximou do palco para acompanhar cada música, criando um clima íntimo e emocionante marcado por danças espontâneas.

Blues norte-americano e brasilidade no mesmo palco

A segunda apresentação da noite ficou por conta da norte-americana Alma Thomas, radicada no Brasil, que retorna ao festival após marcar presença na primeira edição.

Acompanhada da banda pernambucana Uptown Band, com Giovanni e Adriana Papaleo, vencedora do Prêmio Profissionais da Música como Melhor Banda de Blues do Brasil, Alma entregou um show de presença marcante, voz vigorosa e grande sintonia com o público. Antes de subir ao palco, ela compartilhou sua expectativa.

“Conheço o Giovanni e a Adriana há muito tempo… e também é a segunda vez no Capão in Blues. Então eu tô muito feliz, muito agradecida a Eric Asmar, que aposta no nosso trabalho. As músicas que eu vou cantar hoje são muito próximas ao meu coração. Canto na noite carioca há muito tempo e eu estou muito feliz de poder compartilhar isso com a galera do Vale do Capão”, contou Alma, antes de subir ao palco.

Alma Thomas
Alma Thomas | Foto: Olhar de Lince | Divulgação

Encerramento majestoso com Rosa Marya Colin e Jefferson Gonçalves

Fechando a primeira noite, a icônica Rosa Marya Colin, prestes a completar 80 anos, subiu ao palco para reafirmar sua posição como uma das maiores vozes do blues brasileiro. Acompanhada do gaitista Jefferson Gonçalves, ela apresentou um repertório poderoso, revisitando clássicos e imprimindo emoção em cada interpretação.

Mesmo debaixo da chuva, o público permaneceu até o último acorde, celebrando a força da música e da artista em uma noite que já entra para a memória da segunda edição do Capão in Blues.

“Eu estou muito feliz de estar aqui no meio do Capão, fazendo um festival de blues, que é uma coisa que consideram elite, mas o blues tem a mesma origem do samba, veio lá da pobreza, lá dos lamentos. Eu estou muito feliz de estar aqui no meio dessa natureza hoje São Pedro abençoou com uma chuva linda, um show maravilhoso”, celebrou.

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Cultura, território e futuro caminhando juntos

A programação continua nesta sexta-feira, 21. Ainda sobem ao palco Cacá Magalhães (BA), Kasia Misernik (Polônia) e Cris Ferreira Trio, e Luiz Carlini & Tutti Frutti.

Com programação gratuita e integrada à paisagem da Chapada Diamantina, o Capão in Blues cresce 50% em relação ao primeiro ano, resultado do esforço de um festival que movimenta a economia criativa, fortalece fornecedores locais, incentiva o turismo sustentável e posiciona o Vale como um polo cultural em expansão.

A edição 2025 conta com apoio institucional da Dax Oil, que atua há 24 anos no Polo Industrial de Camaçari e desenvolve projetos em educação, tecnologia, gestão ambiental e inclusão social. A parceria reforça o compromisso do festival com práticas sustentáveis e impacto social positivo.

A curadoria de Eric Assmar conecta tradição e contemporaneidade, reunindo artistas que traduzem o blues como uma linguagem universal de resistência e emoção. A arquitetura do palco, assinada por Heráclito Arandas (GMF Arquitetos), integra música e natureza, criando uma experiência imersiva que já se tornou marca do festival.

O festival tem organização e coordenação do Grupo A TARDE, A TARDE FM e Viramundo Produções, produção executiva da Trevo Produções, apoio da Prefeitura de Palmeiras e da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia e patrocínio da Dax Oil e do Governo do Estado da Bahia por meio do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.

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Tags:

blues Capão in Blues chapada diamantina Consciência negra

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