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PROBLEMA NO EXTERIOR

Três laboratórios são condenados após mulheres descobrirem tumores

Tribunal tomou decisão após polêmica com paciente

Por Redação

05/06/2025 - 23:15 h
Laboratórios são condenados por medicamentos
Laboratórios são condenados por medicamentos -

Uma decisão inédita da Justiça francesa responsabilizou três grandes laboratórios farmacêuticos por não alertarem adequadamente sobre os riscos de um medicamento hormonal amplamente utilizado.

O tribunal civil de Poitiers condenou, nesta terça-feira (3), as empresas Bayer HealthCare, Viatris Santé e Sandoz a pagar uma indenização de cerca de 325 mil euros (aproximadamente R$ 1,65 milhão) a uma paciente que desenvolveu tumores cerebrais após o uso prolongado do remédio Androcur.

A condenação envolve ainda um médico e um farmacêutico que acompanharam a mulher, hoje com 55 anos, segundo o jornal português Diário de Notícias.

O valor da indenização será dividido entre os laboratórios e os profissionais de saúde, sendo que 25% do montante deve ser pago imediatamente.

Tumores associados ao Androcur

A paciente usou o medicamento por mais de 20 anos para tratar endometriose e excesso de pelos.

Em 2013, passou a apresentar meningiomas — tumores benignos no cérebro — que provocaram problemas de visão, perda de memória e fadiga intensa.

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Embora estudos já apontassem desde 2008 a relação entre o princípio ativo do fármaco (acetato de ciproterona) e o surgimento dos tumores, os laboratórios só reconheceram publicamente esse risco em 2018.

Para a Justiça, houve negligência grave na comunicação com o público e falha na proteção à saúde dos pacientes.

Bayer tentou se eximir

A Bayer alegou que a paciente deixou de usar o Androcur original em 2004, optando por medicamentos genéricos.

Mesmo assim, o tribunal considerou que a farmacêutica tinha a obrigação de alertar todos os usuários e ex-usuários sobre os riscos associados ao medicamento. A Justiça entendeu que a omissão contribuiu diretamente para o agravamento da situação da paciente.

Genéricos também foram condenados

As farmacêuticas Viatris Santé e Sandoz, fabricantes das versões genéricas do Androcur, também foram condenadas por não informarem de forma eficaz os riscos à população, mesmo após a publicação de estudos científicos reforçando o alerta desde 2011.

De acordo com o advogado da vítima, Romain Sintès, a decisão representa um divisor de águas.

“É a primeira vez que a Justiça francesa reconhece formalmente a omissão da indústria e dos profissionais de saúde na proteção aos pacientes”, afirmou. Ele acredita que o caso abrirá precedente para outras vítimas buscarem reparação judicial.

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Tags:

França. Farmácia Laboratórios condenados remédios

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