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DESERTIFICAÇÃO AMAZÔNICA

Incêndios podem acelerar savanização da Amazônia, alerta Carlos Nobre

Entre 50% e 70% da floresta amazônica pode ser perdida entre 30 e 50 anos, entenda as consequências

AFP |  Redação

Por AFP | Redação

01/10/2024 - 16:32 h
A savanização da Amazônia tem como principal causa o desmatamento, degradação e incêndios e pode atingir o ponto de não tem retorno
A savanização da Amazônia tem como principal causa o desmatamento, degradação e incêndios e pode atingir o ponto de não tem retorno -

Durante anos, Carlos Nobre manteve um discurso otimista sobre o futuro do planeta. Mas o renomado cientista agora se diz muito preocupado com o "rápido" aumento da temperatura, observado recentemente em meio a secas e incêndios que impactam especialmente a América do Sul.

A mudança de posição, afirma, deve-se ao fato de no início de 2024 o mundo ter ultrapassado o limiar de aquecimento de 1,5 grau em relação à era pré-industrial, segundo dados da agência climática da UE, Copernicus. Os especialistas previam que esta temperatura, por si só "muito grave", seria registrada pela primeira vez em 2028, afirma o climatologista.

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"Bateu todos os recordes. Nós precisamos ir 120 mil anos atrás para ter essa temperatura, no último período interglacial. Isso traz uma preocupação muito grande para a Ciência", disse à AFP um dos maiores estudiosos do clima na Amazônia em seu escritório em São José dos Campos, perto de São Paulo.

Leia também:

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"Milhares de cientistas estão tentando explicar por que subiu tão rápido. Os oceanos todos bateram recordes (...) As águas ficaram bem mais quentes (...) Só o fenômeno El Niño não explica", disse Nobre.

"E infelizmente (...) a emissão dos gases de efeito estufa não diminui. Ela continua alta em 2023, bateu recorde, continua alta em 2024, provavelmente vai ser até mais do que em 2023", complementou o cientista.

Sobre o risco do ponto de não retorno rumo à savanização, Nobre explicou, "sem dúvida (...) Se continuar o aquecimento global e também a gente não parar totalmente o desmatamento, a degradação e os incêndios, até 2050 a gente terá passado do ponto de não retorno.

Entre 30 e 50 anos, a gente vai perder no mínimo 50% da floresta, podemos perder até 70% da floresta. Isso vai acabar com a maior biodiversidade do planeta e também vai jogar na atmosfera 250, 300 bilhões de toneladas de gás carbônico, tornando muito mais difícil manter a temperatura em 1,5 grau, para não dizer praticamente impossível".

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Tags:

Amazônia aquecimento global desertificação Savanização

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