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Cometa que está se aproximando da Terra chegará em outubro

Cometa chegará em seu ponto máximo de visibilidade no próximo mês

Iarla Queiroz

Por Iarla Queiroz

09/09/2025 - 19:08 h
cometa C/2025 A6 (Lemmon)
cometa C/2025 A6 (Lemmon) -

O cometa C/2025 A6 (Lemmon), descoberto nos primeiros meses de 2025, deve se aproximar da Terra em outubro. Seguindo em direção ao Sol, ele poderá ser observado em algumas partes do planeta com o auxílio de telescópios pequenos ou binóculos de qualidade.

Até agora, sua visualização só foi possível com equipamentos médios e grandes. No entanto, a expectativa dos astrônomos é que, conforme o cometa se aproxima, ele se torne mais brilhante — o que pode permitir que seja visto até mesmo a olho nu, em locais de céu limpo e longe da poluição luminosa.

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Inicialmente confundido com um asteróide, por sua baixa luminosidade e magnitude de +21,5 — o que o tornava cerca de um milhão de vezes mais tênue que uma estrela — o objeto foi confirmado como cometa após novas imagens mais detalhadas.

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De onde vem o Lemmon

O C/2025 A6 (Lemmon) foi identificado em 3 de janeiro pelo astrônomo David Fuls, diretor do Catalina Sky Survey (CSS), projeto da Universidade do Arizona dedicado à busca de objetos próximos da Terra. A descoberta aconteceu com um telescópio do Observatório Mount Lemmon, nos EUA.

O nome do cometa segue regras definidas pela União Astronômica Internacional (IAU). O “C/” indica que não é periódico, ou seja, leva mais de 200 anos para completar uma órbita. O número “2025 A6” mostra o ano e a quinzena da descoberta (no caso, a primeira de janeiro), e o “Lemmon” faz referência ao observatório responsável pela identificação.

O caminho do cometa

Cálculos realizados por Syuichi Nakano, do Escritório Central de Telegramas Astronômicos (CBAT), mostram que o Lemmon passará pelo ponto mais próximo da Terra em 20 de outubro, a cerca de 89 milhões de km do planeta. Já o periélio — ponto mais próximo do Sol — acontece em 8 de novembro, a 79 milhões de km.

No extremo oposto de sua órbita, o cometa pode chegar a 36 bilhões de km de distância do Sol. Seu período orbital é estimado em 1.350 anos, mas uma passagem por Júpiter em abril de 2025 alterou sua trajetória, encurtando esse tempo em cerca de 200 anos.

Cometa brilhante ou comum?

Cometas são compostos principalmente de gases congelados e poeira. Quando se aproximam do Sol, esses gases aquecem e formam a chamada coma, enquanto partículas do núcleo são lançadas pelo vento solar, criando a cauda.

O Lemmon, por enquanto, é considerado um cometa “comum” — visível apenas com instrumentos — mas pode se tornar temporariamente brilhante em outubro. Astrônomos estimam que sua magnitude pode variar entre +4 e +5, o que permitiria vê-lo a olho nu em locais de céu escuro. Previsões mais cautelosas, no entanto, indicam magnitude +7, exigindo bons binóculos.

Brasil deve ter visão limitada

De acordo com Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), a visibilidade do cometa no Brasil será bastante complicada.

“A órbita do Lemmon desfavorece todo o Hemisfério Sul, onde ele aparece muito baixo no horizonte durante quase toda a aproximação”, explica. O melhor momento para tentar observá-lo será na primeira quinzena de novembro, mas sua baixa luminosidade e o brilho do crepúsculo devem dificultar bastante a visualização.

Capturas recentes mostram que o Lemmon apresenta uma coloração esverdeada, causada por uma molécula chamada dicarbonato. Essa característica aparece na coma e, dependendo da intensidade, pode tornar o espetáculo ainda mais curioso para quem conseguir observar.

Um espetáculo imprevisível

Cometas têm comportamento instável: podem aumentar ou perder brilho de forma inesperada. Cada passagem próxima à Terra é uma chance rara de observar corpos que carregam registros de bilhões de anos do Sistema Solar.

Para o Hemisfério Sul, a visibilidade será restrita, mas o Hemisfério Norte terá uma excelente janela entre outubro e novembro, quando o Lemmon estará mais próximo tanto da Terra quanto do Sol.

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