Chape é acusada de usar imagem das vítimas para fins financeiros

Familiares de pessoas que morreram na tragédia com o avião da Chapecoense, ocorrida em novembro de 2016, entraram com uma notificação extrajudicial solicitando a retirada de qualquer associação da imagem das vítimas ao clube catarinense.

Entre as argumentações para a solicitação, estaria o enorme atraso nos pagamentos indenizatórios que foram acordados. Além disso, acredita-se que o Alviverde de Santa Catarina teria utilizado as imagens com o proposito de arrecadação de fundos.

As notificações solicitavam que fossem excluídas as fotos dos jogadores que estavam expostas no site oficial do clube e também em painéis da Arena Condá. O clube acatou ao pedido, mas afirmou em nota que contestará a situação.

"Respeitando a solicitação de alguns familiares das vítimas, as imagens foram retiradas do site. A Chapecoense, no entanto, contestará a situação, por entender que tais registros contemplam, também, a história da instituição - que também é vítima neste processo", diz trecho do comunicado clube.

Advogado de algumas das famílias, Marcel Camilo disse não saber quem são todos os parentes que compõem o pedido, mas revelou que seus clientes na ação são Patrícia Gimenez (viúva do lateral-direito Gimenez), Valdécia Borges (viúva do volante Gil), Bárbara Lima (filha do atacante Ailton Canela) e Girlene Rangel (viúva do atacante Bruno Rangel).

Na última sexta-feira, 4, a Associação Chapecoense de Futebol confirmou ter entrado com um pedido de recuperação judicial, devido a delicada situação financeira que o clube atravessa. A agremiação teve a solicitação acatada.