MISSÃO SÃO PAULO!
Bahia inicia "força-tarefa" para exorcizar fantasma como visitante
Tricolor não vence fora de casa há dois meses e quer quebrar tabu no Morumbi

Por Lucas Vilas Boas

Há mais de dois meses sem vencer fora de casa, o Bahia entra em campo neste sábado, 25, para encarar o São Paulo, no Morumbi, e se livrar deste tabu. Além do triunfo, o Tricolor busca desempenhar bem em jogos como visitante e, como vem falhando nesta tentativa nos últimos jogos, é algo que incomoda bastante o técnico Rogério Ceni e outros jogadores.
O atacante Ademir, por exemplo, reafirmou o tamanho do incômodo e revelou que o clube tem buscado entender a queda de desempenho fora de casa. O jogador também deu esperança ao afirmar que "ainda há tempo" para que a equipe melhore até o final da competição.
"Isso é algo que nos incomoda bastante, muitas perguntas sobre esse tema e é algo que conversamos internamente para tentar entender. A gente têm tentado melhorar isso e ainda há tempo para que a gente melhore até o final da competição. Estamos focados em pontuar fora de casa, os nossos números em casa são muito bons, então precisamos melhorar fora de casa. Quando algo nos incomoda temos que melhorar o máximo possível para que isso venha a melhorar", disse Ademir em entrevista coletiva antes de encarar o Internacional.
Jogando em casa a gente se sente bem confiante, mas que eu possa também começar a ser importante nos jogos fora de casa também.
O próprio Rogério Ceni também não conseguiu explicar o motivo da diferença de níveis de atuação no Bahia. Melhor mandante do Brasileirão, o Tricolor venceu apenas três jogos como visitante e conquistou um triunfo fora de casa pela última vez no dia 16 de agosto, contra o Corinthians, na Neo Química Arena.
“Não consigo entender por que a gente não conseguiu competir igual ao último jogo. O Palmeiras é o time que mais compete no Brasil e fomos de igual para igual. Hoje não conseguimos”, desabafou Ceni após a derrota para o Botafogo, que deu um "banho de água fria" no triunfo heroico sobre o Palmeiras na Fonte Nova.

“Deve ter muita gente que também só venceu três fora de casa. Mas eu não consigo te explicar por que o comportamento é tão diferente. Hoje o jogo foi praticamente campo neutro, pouco público, um estádio bom, mas não conseguimos. Precisamos evoluir. Não podemos jogar de uma maneira dentro de casa e de outra totalmente distinta fora de casa. O Fluminense foi lá e jogou 50 x 50. A gente tinha que competir minimamente", completou depois da eliminação para o Fluminense na Copa do Brasil.
Para o meio-campista Erick, que retornou aos gramados após cinco meses se recuperando de lesão, o Bahia consegue ser tão superior na Arena Fonte Nova determinantemente por causa do torcedor tricolor. "A confiança que eles transmitem" é algo que os jogadores tentam levar para fora de casa.

"O fator determinante é o nosso torcedor. Mesmo diante de uma chuva torrencial, eles vieram e nos deram um apoio incondicional. Um jogo muito difícil, mas esse é o fator determinante: a confiança que eles transmitem para dentro de campo. Que a gente leve esse espírito mesmo longe deles, para fora de casa, porque acredito que a gente precisa melhorar nosso aproveitamento", analisou Erick.
O Bahia volta a campo neste sábado, às 21h30, para encarar o São Paulo, no Morumbi, pela 30ª rodada do Brasileirão. O adversário vive a segunda pior sequência negativa do torneio (apenas atrás do lanterna Sport), há três jogos consecutivos sem vencer, e com uma única vitória nas últimas dez partidas.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes



