MAIS UMA POLÊMICA
MP toma decisão drástica contra Hytalo Santos após grave acusação
Hytalo Santos está sendo acusado de “adultização” e exploração de menores

Por Edvaldo Sales

No centro de uma das maiores polêmicas da atualidade, Hytalo Santos pode ter o seu negócio de rifas online comprometido. Isso porque o Ministério Público da Paraíba (MPPB), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Polícia Civil pediram a suspensão da Fartura Premiações, empresa ligada ao influenciador e que opera rifas e sorteios com prêmios milionários.
A solicitação foi encaminhada à Loteria do Estado da Paraíba (Lotep), responsável pela autorização do funcionamento da empresa, e determina a paralisação em até 48 horas, até que as irregularidades sejam resolvidas.
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O que motivou a determinação?
Denúncias de uso indevido da imagem de crianças e adolescentes em conteúdos com conotação sexual, usados para promover os sorteios, motivaram o pedido. Além disso, o documento aponta exploração de trabalho infantil, risco de aliciamento devido à exposição digital excessiva e falta de mecanismos para impedir que menores acessem os jogos de apostas.
A Fartura Premiações acumula quase 2 milhões de seguidores no Instagram. Nas publicações, Hytalo aparece entregando prêmios como motos, celulares e cheques de valores superiores a R$ 1 milhão.
Caso o pedido seja acatado, a empresa deverá permanecer inativa até que a situação seja regularizada, conforme determina a legislação que protege os direitos da criança e do adolescente.
Acusações contra Hytalo Santos
Hytalo Santos está sob investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) por suposta “adultização” e exploração de menores em seus conteúdos online.
Como tudo começou
Iniciada em 2024 após denúncias via Disque 100, a apuração busca verificar se os vídeos ferem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao expor jovens a situações com teor possivelmente sexualizado.
Imagens de adolescentes, como a jovem Kamylla Santos, de 17 anos, estão sendo analisadas nas investigações para identificar se elas são exploradas de forma sensual. Segundo o promotor João Arlindo Corrêa, o processo inclui a escuta dos adolescentes e de seus responsáveis para avaliar o caso, que tramita em sigilo.
Hytalo Santos se pronuncia
Hytalo Santos se manifestou sobre as acusações. Em sua defesa, o influenciador negou as acusações e afirmou que sempre colabora com o Ministério Público. Segundo ele, as mães das adolescentes acompanham as gravações e consentem com a participação das jovens.
O que diz a lei?
Mesmo não sendo um crime específico na legislação brasileira, a “adultização” é uma prática combatida pelo ECA, que garante a proteção integral da criança e do adolescente.
No Brasil, a legislação reconhece sua “condição peculiar de pessoa em desenvolvimento” e proíbe qualquer forma de negligência, exploração, violência ou submissão a constrangimento.
Como Felca entrou na história?
Youtuber e humorista, Felca lançou, na última quarta-feira, 6, um vídeo denunciando a exploração de menores na produção de conteúdo online. Hytalo Santos, que teve a conta no Instagram desativada na última sexta-feira, 8, foi citado em uma das acusações
O humorista citou Hytalo Santos como alguém que cria e reproduz conteúdos que envolvem menores de idade diante das câmeras.
Quem é Felca?
Felca, nome artístico de Felipe Bressanim Pereira, 27 anos, é natural de Londrina (PR) e começou na internet em 2012 como streamer. Conhecido por vídeos de humor, ele já viralizou ao testar produtos de influenciadores e criticar formatos populares do TikTok. O influenciador já falou publicamente que teve depressão e que possui diagnóstico de transtorno de ansiedade social.
Felca furou a bolha em maio de 2023, quando testou a base da influenciadora Virginia Fonseca. O vídeo cômico alcançou 19,5 milhões de visualizações. No mesmo ano, Felca também viralizou com vídeos criticando e ridicularizando um estilo de livestream do TikTok chamado de “lives de NPC”.
Como denunciar exploração infantil
O youtuber reforçou que qualquer suspeita deve ser denunciada ao Disque 100, à Polícia Federal ou ao Ministério Público. Além disso, destacou que compartilhar provas com responsabilidade e apoiar organizações de proteção infantil são formas eficazes de combater o problema.
Doações para instituições sérias ajudam a financiar ações de resgate e suporte às vítimas, fortalecendo a luta contra a exploração infantil.
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