POLÊMICA
Lucas Jagger faz críticas e diz ter vergonha da direita brasileira
Comentário do filho de Luciana Gimenez e Mick Jagger sobre manifestação pró-Bolsonaro repercute nas redes sociais

Por Beatriz Santos

Uma manifestação pró-Bolsonaro em São Paulo, no último domingo, 7, com uma enorme bandeira dos Estados Unidos estendida na avenida Paulista, foi destaque no New York Times e motivou um comentário que repercutiu nas redes.
O jornal intitulou a publicação no Instagram como: “O novo símbolo da direita brasileira: a bandeira americana”.
Nos comentários, Lucas Jagger, 26, filho de Luciana Gimenez e Mick Jagger, escreveu: “Prometo a vocês que isso não é todo mundo do Brasil. A maioria de nós está envergonhada”. O posicionamento do jovem recebeu mais de 2 mil curtidas e cerca de 50 respostas, a maior parte aplaudindo sua atitude.
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Trajetória e posicionamento político
Lucas, que mora em Nova York e se formou em artes literárias pela New York University no ano passado, já havia se manifestado politicamente antes. Durante as últimas eleições americanas, ele e o pai declararam apoio à candidata democrata Kamala Harris.
O contraste com Luciana Gimenez
A opinião do herdeiro contrasta com a postura da mãe. Luciana Gimenez é conhecida admiradora de Jair Bolsonaro. Antes de ser eleito presidente, em 2018, o então deputado era presença frequente no programa dela, o Superpop, na RedeTV!.
Em 2019, a apresentadora participou de uma reunião em Brasília com o recém-empossado presidente e registrou: “Uma honra participar hoje do café da manhã com o presidente Jair Bolsonaro e jornalistas. Não temos tempo para mimimi, vamos nos unir por um Brasil melhor.”
Já em entrevista à Folha de S.Paulo em 2020, Gimenez declarou: “O Bolsonaro, quem inventou fui eu, né? Como ele mesmo diz. O primeiro programa de TV a que ele veio foi o nosso. Como profissional, acho incrível que o Superpop lançou o presidente.” E completou: “Ele fala o que pensa e é muito brincalhão. Não tô defendendo, tô dizendo que ele é assim, fala o que pensa. Adianta ficar criticando?”
Em 2021, a Folha revelou que Luciana recebeu R$ 51 mil do governo Bolsonaro para promover a reforma da Previdência e outras campanhas favoráveis à gestão.
Nos anos seguintes, no entanto, ela passou a evitar o tema. Em entrevista ao UOL em 2022, afirmou: “O Bolsonaro era só um personagem, como a Gretchen.”
Na mesma conversa, completou: “Eu não tenho partido político. Sou só apresentadora de televisão. Se ele ganhou ou não depois, aí já não é comigo. Não tenho nada a ver com o Bolsonaro, nada a ver com política.”
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