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ECONOMIA

Era dos robôs: Amazon apresenta maquina capaz de substituir milhares de trabalhadores

Novo sistema combina funções de separação, classificação e empacotamento em um único equipamento

Iarla Queiroz

Por Iarla Queiroz

25/10/2025 - 8:06 h | Atualizada em 25/10/2025 - 21:12
Robô  Blue Jay
Robô Blue Jay -

A Amazon revelou, nesta quarta-feira, 22, seu mais novo sistema robótico para centros de distribuição: o Blue Jay, uma estrutura formada por braços mecânicos suspensos que conseguem agarrar, separar e empacotar produtos de diferentes tamanhos com uma precisão impressionante.

O equipamento, ainda em fase de testes em um armazém na Carolina do Sul (EUA), é parte de uma estratégia que a empresa define como “o futuro da logística inteligente”.

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Uma máquina, três funções

Segundo a Amazon, o Blue Jay reúne em um único sistema funções que antes dependiam de três máquinas diferentes — o que reduz espaço, tempo e custos operacionais.

Cada braço é equipado com ventosas capazes de identificar o formato e o peso dos itens, ajustando automaticamente a força de sucção e a posição.

A promessa é de um processo mais ágil e menos exaustivo para os trabalhadores humanos.

“Nosso objetivo é reduzir tarefas fisicamente exigentes, simplificar decisões e abrir novas oportunidades de carreira”, informou a empresa em comunicado.

Automação em ritmo acelerado

O entusiasmo com a eficiência vem acompanhado de um alerta. Um levantamento interno divulgado pelo The New York Times mostrou que o avanço da automação pode eliminar a necessidade de até 160 mil novos postos de trabalho nos Estados Unidos até 2027.

A reportagem, baseada em documentos estratégicos, aponta que a economia obtida seria de aproximadamente 30 centavos por item embalado — um ganho bilionário para a gigante do e-commerce.

A Amazon contesta os números e diz que o relatório “reflete uma visão parcial” das equipes de automação. Segundo a empresa, a tecnologia tem o propósito de “melhorar a segurança” e “reduzir lesões físicas” nas linhas de produção — um argumento que especialistas e sindicatos vêm contestando.

Um estudo de 2020, do Center for Investigative Reporting, mostrou que os armazéns automatizados da companhia registram índices de acidentes maiores do que aqueles operados apenas por humanos.

Um futuro moldado por robôs

Mesmo sob críticas, a empresa segue acelerando. Desde a compra da startup de robótica Kiva Systems, em 2012, a Amazon vem investindo pesado em automação.

Nos últimos anos, lançou robôs capazes de movimentar prateleiras inteiras e sistemas com sensores de toque, como o modelo “Vulcan”, apresentado em maio.

Agora, com o Blue Jay, o foco é unir força, precisão e inteligência em uma única linha produtiva.

Atualmente, a Amazon emprega mais de 1,5 milhão de pessoas no mundo e anunciou, na última semana, a abertura de 250 mil vagas temporárias para o período de compras de fim de ano. Mesmo assim, o avanço da robótica sinaliza uma transformação inevitável no mercado de trabalho.

Entre eficiência e incerteza

O Blue Jay ainda é apenas um protótipo, mas o debate que ele levanta é real:

até que ponto a automação é um avanço — e quando ela começa a substituir o humano que a criou?

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