RELACIONAMENTOS
Anarquia, submissão e poliamor: conheça o dicionário dos relacionamentos
O Portal A TARDE explica os principais modelos relacionais existentes
Por Redação

Já difundido no imaginário social, o relacionamento é pensado apenas pela união entre duas pessoas, e qualquer modelo fora desse, na maioria das vezes é pouco conhecido e desconsiderado por ser visto com estranheza.
A configuração monogâmica, pautada na concepção do namoro, da fidelidade e de um futuro tão sonhado com o casamento, em contrapartida, é posta em cheque por diferentes arranjos de relacionamento que buscam desconstruir essas caixinhas.
Relacionamento aberto, poliamor, amizade colorida, são alguns dos arranjos ainda pouco conhecidos.
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O Portal A TARDE fez uma lista com os principais modelos relacionais que seguem formas e concepções distintas; em um verdadeiro dicionário dos relacionamentos.
Os tipos de relacionamento
Monogâmico
O arranjo romântico é pensado para duas pessoas que se comprometem exclusivamente um ao outro de forma emocional e sexualmente. Quem opta pela monogamia idealiza a sensação de segurança nesta configuração de relacionamento, para lidar com sentimentos de ciúmes, por exemplo.

Aberto
o contrário do que se pensa no imaginário social, no relacionamento aberto ainda existe hierarquia, visto que a partir de um parceiro principal, ambos acordam em ter intimidade com outras pessoas.
Nessa configuração, os parceiros românticos se comprometem emocionalmente um com o outro, mas concordam com a liberdade e a autonomia de explorar sua sexualidade com outras pessoas fora do relacionamento principal.
Há diferentes formas de acordos dentro do relacionamento, o que exige um alto nível de comunicação e confiança entre os parceiros.
Poliamoroso

Dentro deste modelo também existem diferentes arranjos. Em um geral, nos relacionamentos poliamorosos, os parceiros estão abertos a ter mais de um relacionamento romântico ao mesmo tempo.
Nesse modelo de relação, os envolvidos se envolvem emocionalmente e, a depender do acordo, fisicamente com outros parceiros fora do relacionamento principal.
No arranjo, a ideia fundamental é permitir que ambos os parceiros tenham mais de um relacionamento por vez, seja com dedicação emocional ou investimento sexual.
Casual
Sem expectativas de compromisso ou exclusividade, é o que segue o relacionamento casual. As relações podem assumir desde encontros casuais como “ficadas”, “rolos”, “contatinhos” e outras configurações.
Nesse modelo, os parceiros buscam explorar a liberdade, os desejos e interesses sem se sentirem limitados por uma obrigação com o relacionamento.
Apesar de não parecer, os relacionamentos casuais, idealmente, exigem comunicação clara e respeito mútuo entre os parceiros para evitar mal-entendidos.
Amigos com benefícios/amizade colorida

Nessa configuração, dois amigos se envolvem em atividades sexuais sem os laços emocionais, mas as expectativas normalmente associadas a um relacionamento romântico.
Assim, a relação que predomina é a amizade, mas é focada exclusivamente no prazer físico, o arranjo tem como ideal explorar mais a intimidade sexual sem o compromisso de um relacionamento sério.
Dominação e submissão
Um dos subgrupos do Bondage, Disciplina, Sadismo, Masoquismo (BDSM), o relacionamento de Dominação e Submissão (D/S), é um modelo e relação em que um parceiro assume um papel dominante, enquanto o outro assume um papel submisso e funciona na dinâmica de troca de poder.
O modelo relacional pode ser uma oportunidade excitante para os indivíduos explorarem sua sexualidade e envolverem-se em fantasias e fetiches.
Assexual

Neste relacionamento romântico, ambos os parceiros sentem pouco ou nenhum desejo sexual, dessa forma, o sexo não é o centro da relação, mas sim a atração romântica e desejo de intimidade emocional e proximidade.
Apesar do sexo não ser central, não significa que seja nulo, pelo contrário, a intimidade física pode ser um aspecto importante, e para além do sexo, a intimidade física não sexual como abraçar ou dar as mãos, são valorizados como forma de expressar afeto e vínculo um com o outro.
Um dos poucos se não a única configuração que não tem hierarquia, a anarquia relacional incentiva as pessoas a construírem os relacionamentos com base em suas próprias necessidades, desejos e acordos individuais, sem hierarquias ou regras fixas.
Anarquia
Nesse arranjo, cada indivíduo tem autonomia de definir os próprios limites e desejos na relação, além de não delimitar estruturas e predefinir importância entre os relacionamentos. Assim, todas as conexões são valorizadas de forma igual.
A configuração também questiona expectativas sociais tradicionais como o amor romântico e a monogamia.
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