Pesquisa sugere voto paritário na academia

A democracia representativa, pela via daseleições, com voto universal e paritário, tem boas chances de crescimento no Brasil, à medida do fortalecimento das instituições do Estado democrático e de direito.

A tese vem sendo defendida na Universidade Federal da Bahia (Ufba), pela professora e cordelista Salete Maria, ao refletir sobre a necessidade de ultrapassar a elaboração de lista tríplice para nomeação de reitor(a).

Segundo a pesquisadora, é inadmissível a comunidade acadêmica não ter direito de eleger seu reitorado, enquanto crianças de 12 anos votam para diretor(a) de escola pública, como ocorre em Passo Fundo, Rio Grande do Sul.

No exemplo pesquisado por Salete Maria, o “colégio eleitoral” foi abolido: docentes, estudantes e servidores elegem quem dirigirá a escola, como consta na Carta Aberta ao Parlamento Federal enviada pela pesquisadora.

- A consulta acadêmica prévia à eleição indireta em instâncias superiores resulta numa lista tríplice, agredindo o princípio básico de escolha da pessoa mais votada”, afirma a pesquisadora, ligada ao grupo JusFemina, da Ufba.

Para Salete Maria, é fácil verificar a disparidade entre regulamentos das eleições para os gestores de unidades educacionais e os princípios de democracia.

Segundo a professora da Ufba, no caso das universidades federais, chama a atenção o fato de as entidades sindicais alegarem “defesa da autonomia” quando tratam do assunto, com vistas à hegemonia de "grupos".

O incômodo resultante da contradição da luta de eleições diretas, base da redemocratização, e a manutenção dos sistemas de poder em instituições do Estado democrático alcançou até a Ordem dos Advogados do Brasil.

Confirmo a decisão da maior liderança do Brasil, Jair Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação (…) Me coloco diante de Deus e diante do Brasil para cumprir a missão”

Mulheres entrelaçadas

A autora, Bárbara Pessoa, classifica seu livro “Entrelaçadas” de comédia, mas há algo de muito sério permeando a ficção capaz de reunir Medeia, da tragédia grega; a ex-presidenta Dilma Rousseff e a psicanalista Virgínia Bicudo.

O denso “recorte de gênero” conduz a narrativa, levando em conta terem sido as três mulheres perseguidas de uma forma ou de outra, Medeia, por calúnia; Dilma, por tortura e depois golpe de estado; e Virgínia, processada por médicos.

A história, já em pré-venda no site editoravincaliteraria.com.br, ganha um tom de “justiça reparadora”, quando as três mulheres se unem para tirar satisfações de seus agressores.

POUCAS & BOAS

O show ‘Cantos e Contos’, do cantor, compositor e violonista Christovam Araújo, movimenta hoje a praça do do Sítio Novo, no bairro Pampalona, em Feira de Santana. Com início às 17h, a programação é gratuita e vai reunir músicas e histórias da cultura sertaneja. O evento terá ainda participações de artistas convidados como o grupo Chuá de Cabaça, Franco Setúval e Andreson Mota. O projeto foi criado há 25 anos na cidade de Valente com a proposta de dar visibilidade à arte e cultura regional.

Felipe Escandurras, Rachel Reis e Segê são as principais atrações de hoje da 9ª edição do Festival da Primavera de Morro de São Paulo. Aberto ontem, o evento terá amanhã para o encerramento atrações como Jau e o grupo Filhos de Jorge. Tradicional da região, a festa deflagra a alta temporada dos turistas que mesmo antes do início do festival já ocupavam 95% dos leitos disponíveis na ilha. Realizado pela gestão municipal de Cairu, o festival tem patrocínio da Neoenergia Coelba e do Faz Cultura, com diversos apoios.

Uma oficina de cordel vai movimentar a manhã de hoje na Casa da Academia Barreirense de Letras (ABL), no Centro Histórico de Barreiras. Com início às 9h, será coordenada pelo cordelista, membro da academia, Zeca Pereira. A realização é da Nordestina Editora, através do projeto ‘Antologia Contemporânea de Cordelistas Baianos(as)’, com apoio do programa de Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) através do governo do estado e Ministério da Cultura.