Mário Kertész, uma vida em livro, entre choros e risos, com leveza
Coluna de Levi Vasconcelos deste domingo, 7, traz os detalhes do lançamento do livro de Mário Kertész

Mário de Melo Kertész, ou simplesmente Mário Kertész, chega agora aos 81 anos, pai de cinco filhos, avô de nove netos, de bem com a vida. Grafou o nome dele na história de Salvador tornando-se duas vezes prefeito (entre 1979 e 1981, pelo voto indireto, e 1986 e 1988, no voto). Hoje é dono do grupo Metrópole, um conglomerado de comunicação, e afirma:
– Eu nunca planejei nada na minha vida, nem ser político e nem ser radialista. Mas sempre mergulhei nas oportunidades.
Guinchado por ACM, de quem foi secretário do Planejamento no governo, ele rompeu e depois se recompôs.
– Ele estava no leito de morte, e nós dois de mãos dadas. Sempre tive e tenho muito apreço por ele.
Sem dores – A pululante trajetória de Mário Kertész está no livro Riso-Choro (e tudo mais que vem no meio), que será lançado esta semana em dose dupla: terça (18h30), no Restaurante Amado, e quarta (17h), na Livraria LDM do Shopping Bela Vista.
É o único livro da vida dele, que também veio sem projeto.
– Eu fui escrevendo, gravando as coisas e deixando aí para os meus filhos aproveitarem, se quisessem. Levei 12 anos nisso. Está aí.
Diz Mário que fez tudo com leveza, sem atacar ou xingar ninguém, apenas para carimbar o testemunho de uma geração que viu as grandes transformações do mundo. A mãe dos filhos dele é Eliana Kertész (falecida em 2017), artista plástica, autora das Gordinhas que adornam o bairro de Ondina.
– Ela foi uma grande alegria na minha vida.
*Colaborou Marcos Vinicius.
Antonio Henrique quer sala de espera para famílias de defuntos
O deputado Antonio Henrique (PP) pediu a Jerônimo, via indicação oficial na Alba, a implantação de salas de espera para familiares de defuntos em todas as unidades do Instituto Médico Legal.
Diz ele que, do jeito que é, familiares dos mortos sofrem duas vezes: a perda do ente querido e a espera, às vezes longa, pela liberação dos corpos.
– Hoje, muitas vezes o familiar do morto fica exposto a sol e chuva na espera da liberação. Os próprios funcionários do IML apontam isso.
Hoje, o Departamento de Polícia Técnica tem quatro unidades em Salvador (o Nina Rodrigues à frente) e habilitações nos quatro cantos do Estado, por região.
– Eu não estou inventando nada. Sou de Barreiras e lá as salas de espera com espaços reservados, humanizados, aptos a acolher as famílias em momentos de luto, já funcionam bem.
Na ABI, eleição e posse quarta
A jornalista Suely Temporal vai se tornar quarta-feira a primeira mulher a presidir a Associação Bahiana de Imprensa (ABI), após 95 anos de existência.
Curioso é que o convite para a posse (19h) é no mesmo dia da eleição. Ela é candidata única, a votação será durante o dia e a posse à noite, o que suscita colegas a criarem a versão jornalística do caso: é o modelo pá-puf, ganhou, empossou.
Em Conquista, Sheila e o marido vitaminam o tititi
Sheila Lemos (UB), prefeita de Vitória da Conquista, que figura entre os poucos aliados de ACM Neto que mantêm a fidelidade 100%, está no olho de um furacão político.
O marido dela, o advogado Wagner Santos, lançou-se candidato a deputado estadual e criou furdunço nas próprias bases, que já têm o deputado Tiago Correia (PSDB) candidato à reeleição (num primeiro momento disse não estar nem aí, agora diz que foi apanhado de surpresa).
Lá, na banda esquerda, já há os deputados Zé Raimundo (PT) e Fabrício Falcão (PCdoB). Tiago é o cara da direita. A situação ajuda a melindrar a relação do PSDB com ACM Neto. Dizem lá que foi ele quem inventou Wagner.
Política com vatapá
A coligação
Vai fazer 75 anos, quinta-feira, que a Bahia viveu um episódio bombástico. Em 11 de setembro de 1950, a 22 dias das eleições, com Juracy Magalhães, o favorito, contra Lauro Farani de Freitas.
Juracy ia chegando a Bom Jesus da Lapa no exato instante em que o avião de Lauro decolava, correu na pista e se espatifou no solo. Rebuliço geral, comoção, disseram que Juracy mandou botar açúcar no motor do avião de Lauro.
Logo depois do sepultamento, os aliados de Lauro correram para Vitória da Conquista, a fim de convencer Régis Pacheco, o prefeito lá, a entrar no páreo. Após muita conversa, topou.
Régis tinha fama de profundo conhecedor de uísque e, após os ajustes políticos, começaram a brincar com ele. Botavam um pouco num copo para ele dizer a marca. Acertou todas, até que alguém teve uma ideia. Pegou um pouco de cada uísque, misturou e botou para Régis adivinhar.
Provou, saboreou, voltou a dar uma bicada, nada disse, a plateia atenta, bicou de novo e, enfim, bradou:
– É a zorra da coligação!
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