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De Olho na Saúde

Por Elane Varjão

ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 26 de outubro de 2025 às 4:20 h | Autor:

Longevidade com segurança e o desafio de envelhecer bem

As quedas são responsáveis por cerca de 90% das fraturas de fêmur entre pessoas idosas

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Ortopedista Marcos Lopes
Ortopedista Marcos Lopes -

Com o aumento contínuo da expectativa de vida e o envelhecimento da população, garantir que os anos vividos sejam acompanhados de qualidade, autonomia e segurança tornou-se um imperativo social e de saúde pública.

“Uma mente ativa, lúcida e cheia de projetos em um corpo que já não responde com a mesma agilidade e segurança é um ponto muito importante a ser abordado com o idoso”, alerta o ortopedista Marcos Lopes.

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Segundo dados do Ministério da Saúde, somente nos quatro primeiros meses de 2025, cerca de 62 mil internações de idosos por quedas foram registradas no Brasil. O número evidencia um problema silencioso, mas de grande impacto. “Uma queda pode significar uma fratura grave, uma internação prolongada, perda de funcionalidade, dependência e até risco de vida, especialmente quando atinge ossos-chave, como o fêmur ou o quadril”, reforça o ortopedista.

As quedas são responsáveis por cerca de 90% das fraturas de fêmur entre pessoas idosas. Por isso, é essencial estar atento aos fatores de risco. “Artrite, reumatismo, diabetes, depressão, medo de cair, defeitos nos passeios públicos e deficiências motoras, entre outros, não devem ser negligenciados”, acrescenta Lopes.

Mais do que o impacto físico, as quedas desencadeiam uma verdadeira cascata de consequências. ” Perda de autonomia, declínio funcional, aumento do risco de complicações e mortalidade, além de prejuízos psicológicos e elevados custos para o sistema de saúde, conclui o Lopes.

Câncer de mama hereditário: quando o risco está nos genes

O câncer de mama é uma doença complexa e multifatorial, resultante da interação entre fatores genéticos, hormonais, ambientais e comportamentais. Estima-se que 90% a 95% dos casos sejam esporádicos, ou seja, não relacionados à herança familiar, e apenas 5% a 10% tenham origem hereditária, decorrentes de mutações genéticas transmitidas de geração em geração, afirma a mastologista Ana Cláudia Imbassahy.

Apesar de corresponder a uma minoria dos diagnósticos, o câncer de mama hereditário tem grande relevância clínica, pois pode acometer mulheres em idade jovem, com tumores mais agressivos e maior risco de novos eventos ao longo da vida.

As principais mutações associadas ao câncer de mama hereditário ocorrem nos genes BRCA1 e BRCA2, que estão envolvidos na reparação do DNA.

“Alterações nesses genes aumentam significativamente o risco de desenvolver câncer de mama e ovário, podendo chegar a até 80% de risco cumulativo em alguns casos, alerta Imbassahy.

Conhecer o histórico familiar é essencial. Mulheres com mãe, irmã ou filha diagnosticadas com câncer de mama ou ovário devem buscar avaliação com um mastologista ou geneticista para investigar a possibilidade de predisposição genética e definir a melhor estratégia de rastreamento, conclui Imbassahy.

Mastologista Ana Cláudia Imbassahy
Mastologista Ana Cláudia Imbassahy | Foto: Divulgação

Pílulas

Decisão I

No último domingo (19), o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, manifestou concordância com os votos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) contrários à liminar de Luís Roberto Barroso, que autorizaria enfermeiros a realizarem procedimentos de aborto previstos em lei. Segundo o presidente do CFM, a medida seria desnecessária, já que o país dispõe de médicos suficientes para atender às demandas das políticas públicas.

Decisão II

Nada mais justo, afinal, há limites técnicos e éticos que devem ser respeitados dentro das atribuições de cada profissão. O problema, no entanto, não está apenas na quantidade de médicos disponíveis, mas na qualidade da formação e da prática profissional desses profissionais. O Brasil tem assistido a uma proliferação de faculdades de medicina, muitas sem estrutura adequada,o resultado é um contingente crescente de médicos, mas com preparo desigual, o que coloca em xeque a segurança do paciente e a eficiência do sistema de saúde.

ILPIs irregulares

O fechamento de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) recentemente expõe uma ferida social que insiste em ser ignorada: o descaso com a velhice. A questão vai muito além de um prédio interditado, ela denuncia o quanto o país ainda falha em garantir um envelhecer digno e humano. Não é de hoje que ILPIs funcionam em condições precárias, abrigando idosos em espaços sem ventilação, com alimentação inadequada e ausência de profissionais de saúde. A situação, infelizmente, não é exceção. É sintoma de um sistema que só enxerga o idoso como peso e não como pessoa com direitos.

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