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Coluna do Tostão

Por Tostão

Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina
ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 07 de setembro de 2025 às 6:10 h | Autor:

Brasil goleia Chile, mas Ancelotti precisa evitar “futuro de ilusão”

Tostão alerta para riscos da seleção repetir erros de Copas anteriores

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Estevão e João Pedro comemoram gol no Chile
Estevão e João Pedro comemoram gol no Chile -

Como se esperava, foi muito fácil ganhar do Chile por 3x0. A equipe brasileira com quatro atacantes foi intensa, pressionou e criou inúmeras chances de gols. Porém, como tem sido habitual nos últimos anos sob o comando de vários treinadores, a seleção foi muito apressada, ansiosa para chegar ao gol. Luís Henrique e Paquetá, que entraram depois, tiveram mais facilidade devido ao cansaço do adversário.

Para jogar com apenas dois no meio campo contra fortes seleções, é essencial que os dois jogadores pelos lados funcionem como meias e como pontas, que atacam e defendem, formando um quarteto junto com os dois meio-campistas na proteção dos quatro defensores. Vinicius Junior, que não jogou contra o Chile, não tem o habito de recuar e marcar.

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Contra fortes adversários, Ancelotti pretende formar um trio de meio-campistas, um mais centralizado para iniciar as jogadas ofensivas e um de cada lado, que marcam, constroem e avançam? Atuar desta maneira não é novidade nem moderno. As seleções brasileiras campeãs do mundo em 1958, 1962 e 1970 tinham um trio no meio campo e outro no ataque. Nos melhores momentos do Real Madrid sob o comando recente de Ancelotti a equipe jogava desta forma, especialmente quando teve Casemiro, Kroos e Modric.

Jogadores do Brasil fazer a festa em campo
Jogadores do Brasil fazer a festa em campo | Foto: @rafaelribeirorio / CBF

A seleção argentina, atual campeã do mundo, costuma mudar o esquema tático, mas raramente deixa de jogar com um trio no meio campo, além de Messi a frente dos três e mais um jogador pelo lado, Almada que substitui Di Maria volta para marcar e começar as jogadas. A Argentina preenche bastante o meio campo e deixa apenas um atacante fixo na frente. A equipe troca muitos passes e chega com muitos meio-campistas no ataque, como na goleada sobre o Brasil por 4x1. Quem ataca é atacante.

Ancelotti já declarou que a seleção brasileira não terá apenas uma estratégia e que vai depender do adversário. Tomara! Espero que ele não se iluda com as atuações e vitórias sobre Paraguai e Chile. Nas últimas Copas do Mundo, o Brasil, bastante elogiado nos amistosos e nas fases de grupos dos mundiais, jogando com muitos atacantes e com um vazio no meio campo, foi eliminado nas quartas de finais para Alemanha, Bélgica e Croácia. É o futuro de uma ilusão.

Esquisitices

O estranho Sampaoli retornou ao Atlético-MG. Dizem que ele não dava nem bom dia para os funcionários do clube. Deve ter seguido seu mestre, Loco Bielsa, que foi criticado por ter o mesmo comportamento na seleção uruguaia.

No campo, Sampaoli impressionou bastante no inicio de sua carreira, pois seus times jogavam com muita intensidade e com muita pressão para recuperar a bola. Seguia os passos de Bielsa.

Era uma grande novidade. Hoje, quase todos os grandes times procuram jogar desta maneira. Os treinadores aprenderam com Guardiola, quando era técnico do Barcelona, discípulo de Cruyff, que bebeu na fonte de Rinus Michels, treinador da seleção holandesa de 1974 e que revolucionou o futebol.

Hoje, Sampaoli é um treinador bastante irregular, com péssimos e grandes momentos. Imagino que um dos motivos de sua contratação pelo Atlético-MG seja a esperança de que ele com suas doidices realize uma grande transformação no time para enfrentar o Cruzeiro no dia 11 pela Copa do Brasil mesmo com a desvantagem de dois gols.

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