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ACERVO DA COLUNA
Publicado quarta-feira, 04 de junho de 2025 às 1:20 h | Autor:

Basta de castigar quem produz

Alfredo Cotait fala sobre aumento de impostos no Brasil

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Alfredo Cotait, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB)
Alfredo Cotait, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) -

A recente decisão do governo federal de aumentar a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) escancara, mais uma vez, o desprezo pelas engrenagens que movem a economia brasileira: o setor produtivo. É inadmissível que, diante de uma crise fiscal anunciada, o caminho escolhido seja o mais fácil — e o mais injusto.

O empresariado brasileiro, já sobrecarregado, é novamente chamado a pagar a conta de um Estado inchado, ineficiente e perdulário.

Enquanto outras nações adotam políticas de austeridade e incentivo ao investimento, o Brasil rema na contramão. Ao encarecer o crédito, gerar instabilidade cambial e alimentar a insegurança jurídica, o governo ergue barreiras que afastam o investimento, dificultam a geração de empregos e penalizam quem decide empreender.

A conta simplesmente não fecha. E a paciência está se esgotando. A plataforma Gasto Brasil mostra que os gastos somados das esferas federal, estadual e municipal já ultrapassam R$ 2 trilhões. Em contrapartida, o impostômetro exibe uma arrecadação de R$ 1,5 trilhão. A diferença escancara o problema: o desequilíbrio não está na arrecadação, mas na gastança.

A estimativa de arrecadar mais R$ 20,5 bilhões com o aumento do IOF neste ano não passa de uma medida paliativa, quase desesperada, que escapa do enfrentamento real da crise fiscal — a necessidade urgente de reduzir despesas, cortar privilégios e rever o tamanho do Estado. Quem pagará essa conta? O empresário, principalmente o da pequena e média empresa, que mais depende de crédito. O trabalhador. O consumidor. Em outras palavras, o Brasil real.

Não aceitaremos em silêncio mais um ataque disfarçado de “ajuste”. Não é com mais impostos que salvaremos as contas públicas, e sim com coragem para reformar, para cortar desperdícios e para respeitar quem produz. Ou enfrentamos esse desafio de frente, ou estaremos condenados a conviver com juros altos, inflação persistente e desemprego estrutural.

O Brasil precisa de liberdade econômica para prosperar — e não de mais tributos para afundar. O Congresso tem a responsabilidade de impedir que essa medida avance. Precisamos de um Estado mais enxuto, um governo mais eficiente e um ambiente em que o empreendedor não seja punido, mas fortalecido.

É hora de dizer basta. Basta de castigar quem investe, quem emprega e quem carrega o país nas costas.

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