BRASIL
Túnel submerso promete viagem de 5 minutos entre praias paradisíacas do Brasil
Primeira travessia submersa do Brasil deve custar R$ 6,8 bilhões

Por Isabela Cardoso

Um marco histórico da infraestrutura brasileira começou a sair do papel: o túnel submerso que vai ligar Santos e Guarujá, no litoral de São Paulo.
Anunciado em leilão realizado na B3, em São Paulo, o projeto promete transformar a mobilidade na região e se consolidar como a maior obra do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Atualmente, a travessia entre as duas cidades pode levar até uma hora, seja por balsa ou pela Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-055). Com a nova estrutura, esse tempo cairá para apenas cinco minutos, beneficiando diariamente cerca de 78 mil pessoas.
Como será o túnel submerso de Santos e Guarujá?
A obra terá 1,5 quilômetro de extensão, sendo 870 metros submersos. O projeto inclui pistas para veículos, faixas para Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ciclovias e passarelas para pedestres.
Essa será a primeira vez que a técnica de túnel imerso, utilizada em países como Holanda e China, será aplicada na América Latina.
A infraestrutura deve reduzir a dependência das balsas, desafogar o trânsito na região e ampliar a capacidade de escoamento de cargas no Porto de Santos, o maior da América Latina, que hoje sofre com congestionamentos frequentes.
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Investimento bilionário
O consórcio liderado pela construtora portuguesa Mota-Engil venceu o leilão com uma proposta de 0,5% de desconto no valor da contraprestação anual. O contrato prevê uma Parceria Público-Privada (PPP) de 30 anos, com investimentos de R$ 6,8 bilhões, divididos entre União, governo paulista e iniciativa privada.
Além de estar à frente do túnel submerso entre Santos e Guarujá, a Mota-Engil também participa de outros grandes projetos de mobilidade no Brasil, como a construção do VLT de Salvador no trajeto entre Águas Claras e Piatã.
Cronograma da obra
A previsão é que as obras comecem em 2026. Parte dos acessos e intervenções de mobilidade devem ficar prontos até 2030, mas o túnel completo deve entrar em operação definitiva apenas em 2038, segundo estimativas do governo paulista.
Além de melhorar a logística regional, a construção deve gerar milhares de empregos diretos e indiretos durante sua execução.
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