CRIME PASSIONAL
Secretário-adjunto é principal suspeito de matar Guarda Municipal
Uelton de Souza Almeida, que também é vereador licenciado, está foragido

Por Rodrigo Tardio

A Polícia Civil investiga o secretário-adjunto de Segurança de Arujá, Uelton de Souza Almeida, como o autor dos disparos que mataram o guarda-civil municipal (GCM) Nelson Caetano de Lima Neto.
O crime foi na noite desta quarta-feira, 25, véspera de Natal. Almeida, que é GCM de carreira e vereador licenciado, fugiu do local e era considerado foragido até o fechamento desta edição.
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De acordo com registros da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a principal linha de investigação aponta para motivação passional. Almeida teria discutido com sua ex-companheira, que atualmente mantinha um relacionamento com a vítima. Nelson, que atuava na GCM de Mogi das Cruzes, teria presenciado a discussão, mas evitado o confronto direto antes de ser baleado.
Resposta institucional
Em nota oficial, a Prefeitura de Arujá informou o afastamento imediato de Almeida de suas funções administrativas e a suspensão de suas atividades como guarda municipal. A administração afirmou que colabora com as investigações e aguarda o pronunciamento do Judiciário.
Quanto ao cargo no Legislativo, a Câmara Municipal de Arujá deverá decidir o futuro do mandato do político, que estava licenciado para atuar na pasta de Segurança.
Até a tarde de ontem, a defesa do suspeito negociava uma apresentação espontânea à polícia, mas o paradeiro de Almeida seguia incerto.
Histórico de irregularidades
O nome de Uelton de Souza Almeida já figurava em investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Recentemente, ele confessou irregularidades cometidas entre 2021 e 2024, quando acumulou indevidamente o salário de GCM com o mandato de vereador.
Na ocasião, relatórios apontaram que Almeida recebia remuneração da guarda sem cumprir o expediente, participando de sessões na Câmara em horários sobrepostos.
Para evitar um processo por improbidade administrativa, ele firmou um acordo de não persecução cível, comprometendo-se a ressarcir R$ 5.826,70 aos cofres públicos entre danos e multas.
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