JUSTIÇA
MP denuncia Nego Di por violência doméstica contra ex-mulher; entenda
Influenciador foi preso no ano passado pelo crime de estelionato

Por Gustavo Nascimento

O influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido nas redes sociais como Nego Di, foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) por descumprir medidas protetivas de urgência requeridas pela sua ex-mulher, apresentadas no âmbito de violência doméstica e familiar.
Assim como consta na denúncia, em abril do ano passado, o influenciador descumpriu as restrições em três oportunidades. Nos termos da Lei Maria da Penha, a medida protetiva determina que eles não tenham nenhum tipo de contato, seja pessoalmente, por mensagens ou por redes sociais.
Segundo o MP, Nego Di teria mencionado diretamente a vítima em publicações nas redes sociais, revelando a existência das medidas judiciais e proferindo ofensas contra a mulher.
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A Promotoria de Justiça solicitou o recebimento da denúncia, prosseguimento da ação penal, além da versão da vítima e das testemunhas envolvidas no caso. Em caso de condenação, também foi requerida a fixação de valor mínimo para reparação dos danos causados.
De acordo com o promotor de Justiça responsável pelo caso, os crimes de calúnia, difamação e injúria apurados no inquérito policial são de ação penal privada, de modo que o andamento do processo depende de iniciativa da vítima, dentro dos prazos legais.
Prisão por estelionato
Nego Di e o seu empresário, Anderson Bonetti, foram condenados a 11 anos e 8 meses de prisão pelo crime de estelionato envolvendo a loja virtual "Tá Di Zuera", onde eles vendiam produtos abaixo do valor de mercado, mas não os entregavam.
Estima-se que o número de vítimas do esquema possa chegar a 370 pessoas, segundo apuração da Polícia Civil. Contudo, a condenação de Nego Di é referente aos crimes de estelionato praticados contra 16 vítimas da cidade de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Ele foi preso preventivamente em julho de 2024, mas recebeu liberdade provisória em novembro do ano passado após quatro meses detido na Penitenciária de Canoas. No mês seguinte, a Justiça do Rio Grande do Sul autorizou que ele mudasse de estado, de modo que ele foi morar em uma área nobre de Palhoça, na Região Metropolitana de Florianópolis, onde está atualmente.
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