HERNIORRAFIA INGUINAL
Médico diz que cirurgia de Bolsonaro é padronizada e de baixo risco
Preparo pré-operatório deve ocorrer ainda nesta quarta-feira, 24

Por Rodrigo Tardio

A cirurgia à qual o ex-presidente Jair Bolsonaro vai ser submetido na quinta-feira, 25, no Natal, é "padronizada, com menor risco de complicações", afirmou ao Broadcast, que é o sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o cirurgião-geral Claudio Birolini, que acompanha o ex-presidente.
De acordo com Birolini, o procedimento, uma herniorrafia inguinal, deve durar de três a quatro horas.
Leia Também:
O médico ponderou que toda cirurgia é complexa mas disse que essa deve ser muito mais simples em comparação à operação realizada em abril, que demandou cerca de 12 horas.
O ministroAlexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a internação de Bolsonaro no Hospital DF Star, em Brasília, para a realização do procedimento.
O ex-presidente deixou a Polícia Federal, na manhã desta quarta, 24, pela primeira vez, desde que foi preso no dia 22 de novembro. Ele vai ser internado no Hospital DF Star, em Brasília para realizar a cirurgia de hérnias inguinais.
Para sair da unidade e da sala de Estado-Maior, ele vai ser escoltado, com transporte e segurança feitos pela corporação até a unidade de saúde. Na unidade hospitalar, ele será vigiado por dois policiais na porta de seu quarto, além de seguranças na entrada do hospital. O procedimento deve ser feito na manhã seguinte.
De acordo com pessoas ligadas ao ex-presidente, o preparo pré-operatório deve ocorrer ainda nesta quarta. Ainda não há definição sobre o horário do bloqueio anestésico do nervo frênico.
Como é a cirurgia
A hérnia acontece quando há uma frouxidão ou abertura na parede abdominal/pélvica que permite o extravasamento de alças do intestino ou de outros tecidos por meio dessa abertura. O quadro leva à formação de um caroço e pode trazer dor e desconforto, em especial durante esforço físico.
Quando o extravasamento ocorre na região da virilha, a hérnia é chamada de inguinal. Ela é considerada bilateral quando atinge a virilha direita e a esquerda simultaneamente.
A cirurgia consiste em empurrar o conteúdo da barriga para dentro e colocar uma tela de polipropileno (um tipo de plástico) na área afetada. A tela faz a contenção da parede abdominal, fechando o "buraco".
A cirurgia pode ser feita tanto da forma tradicional, com um corte na virilha, quanto pela via laparoscópica, em que as incisões são muito pequenas, 5 a 8 milímetros, e o procedimento é feito com o auxílio de uma câmera inserida no interior do paciente por meio dessas incisões. A cirurgia laparoscópica pode ser feita com ou sem a tecnologia robótica.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes



