INVADIRAM A PRAIA
Invasor! Peixe venenoso e com 18 espinhos é encontrado no sul da Bahia
Originário do Indo-Pacífico, o peixe-leão foi identificado pela primeira vez no Brasil em 2014 e apresenta riscos para pessoas e espécies nativas
Por Redação

O peixe-leão, espécie invasora de peixe marinho venenoso, foi encontrada em um dos mais requisitados destinos turísticos da Bahia, a Península de Maraú. A prefeitura da cidade informou que o animal foi encontrado em Taipu de Dentro, no baixo sul do estado.
A espécie possuí 18 espinhos venenosos e o contato com o peixe pode causar dor, náuseas e até convulsões. Cada fêmea põe até 30 mil ovos a cada 26 dias e pode comer até 20 peixes em 30 minutos, inclusive presas grandes.
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A prefeitura de Maraú aconselha que caso encontre um peixe-leão é necessário capturá-lo com proteção e não devolver ao mar. Em caso de acidentes, é preciso lavar a região com água quente e buscar atendimento médico.
A espécie foi encontrada e caturada pelo pescador Clayton Menezes no sábado, 19, na pilastra do atracadouro de Taipu de Dentro, dentro da Baía de Camamu, a terceira maior baía do Brasil.
A biológa Stella Furjan, supervisora de meio ambiente da Secretaria de Meio Ambiente de Maraú, informou nas redes sociais que está sendo organizada uma força-tarefa de contenção, com apoio de pesquisadores da Bahia, liderad pelo professor Cláudio Sampaio, do Laboratóri de Ictiologia e Conservação (LIC),
Bonitinho, mas perigoso
Originário do Indo-Pacífico, o peixe-leão foi identificado pela primeira vez no Brasil em 2014. A espécie tem uma alta taxa reprodutiva, podendo liberar até 30 mil ovos por vez, e sua voracidade é alarmante: pode consumir até 20 peixes em apenas 30 minutos, impactando severamente as populações de peixes nativos. Além disso, a espécie pode crescer rapidamente. Na fase adulta, pode alcançar até 47 cm.
Peixe-leão na Bahia
A primeira vez que a espécie apareceu na costa baiana foi em fevereiro deste ano, na região de Morro de São Paulo, baixo sul da Bahia. O exemplar foi capturado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde foi analisado para estudos e pesquisas junto com a Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Em abril, o peixe-leão apareceu em Salvador, onde também foi levado para estudos.
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