BRASIL
FUP rejeita proposta da Petrobras e cobra negociação real
"Se não resolvermos a Petros, não haverá acordo", diz Deyvid Bacelar

Por Redação

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) formalizou na última terça-feira, 9, a reivindicação da entidade sobre o equacionamento e a quitação da dívida da Petros.
A categoria, representada pelo coordenador-geral, Deyvid Bacelar,se posicionou contrário ao Acordo de Trabalho Coletivo (ACT) 2025 apresentado pela Petrobras.
Em seu posicionamento, Bacelar deixou claro a insatisfação da FUP com a falta de avanço da proposição apresentada pela estatal. O sindicalista criticou a postura da empresa, que, segundo eles, ignorou a pauta de reivindicações da categoria.
“É importante a gente ratificar que nós não estamos levando em consideração a pauta, ou melhor, a proposta que nos foi apresentada. Nós apresentamos uma pauta reivindicatória e esperávamos o momento que é esse de nós estarmos apresentando a nossa pauta reivindicatória para vocês e depois disso vocês apresentarem uma contraproposta a pauta que foi apresentada”, disse Bacelar durante reunião com a Petrobras.
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A pauta, que segundo Bacelar, foi construída de forma democrática e referendada em plenária nacional, foi entregue à estatal no dia 1º de setembro, uma segunda-feira.

Diante disso, a FUP aguardava que a empresa realizasse reuniões iniciais para, em seguida, apresentar uma contraproposta, o que não foi feito.
“Estaremos fazendo essas reuniões conforme aqui conseguimos combinar, negociar com vocês, reuniões temáticas onde trataremos de toda a pauta reivindicatória e aí sim, após isso, nós esperamos que vocês apresentem uma contraproposta à pauta reivindicatória da categoria”, disse o sindicalista, que continuou:
“A partir de então, nós conseguimos fazer de fato uma negociação em cima da nossa expectativa e da expectativa que a gestão da empresa tem para com esse acordo coletivo de trabalho”.
Entenda as reivindicações da FUP
Uma das reivindicações da categoria refere-se às seguintes medidas:
- Reposição inflacionária;
- Ganho real de salário;
- Fim dos PEDS assassinos, em referência aos Planos de Equacionamento de Déficits que, segundo eles, prejudicam os petroleiros.
Deste modo, Deyvid Bacelar ainda acrescentou: “Os planos de equacionamento dos déficits da Petros precisam acabar. Precisamos de uma solução final e definitiva nesse ano de 2025”.
O sindicato alertou que a falta de uma solução para o problema da Petros inviabiliza o avanço do acordo coletivo. "Se não resolvermos isso, nós não resolveremos o acordo coletivo de trabalho", disse Bacelar.
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