BRASIL
Fechamento de grande fábrica provoca mobilização de funcionários
Trabalhadores se mobilizam para garantir direitos e minimizar impacto das demissões

Por Isabela Cardoso

O anúncio do fechamento do setor de cilindros da unidade da Gerdau, em Pindamonhangaba (SP), até o fim de 2025, trouxe incerteza para cerca de 400 trabalhadores. A medida, que inicialmente previa demissões em massa, provocou reação imediata da categoria, resultando em greve por tempo indeterminado.
Após negociação, o número de cortes foi reduzido pela metade, e o sindicato conseguiu estabelecer novas garantias trabalhistas, incluindo PDI com compensações financeiras, reajuste salarial de 6,4% e aumento do vale-alimentação. A estabilidade dos empregados até dezembro também foi assegurada.
Uma indústria estratégica sob pressão
O setor de cilindros é estratégico para siderúrgicas e para o setor automotivo. Mesmo assim, a Gerdau apontou margens de lucro “inadequadas” como justificativa para o fechamento parcial.
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Para o Sindicato dos Metalúrgicos, a decisão é irresponsável, especialmente em um período de campanha salarial, e evidencia desafios de competitividade frente ao mercado internacional, com aço chinês pressionando preços e tarifas nos EUA protegendo a produção local. Além do impacto direto sobre os funcionários, a reestruturação afeta fornecedores, prestadores de serviços e a economia do Vale do Paraíba.
Greve como instrumento de negociação
A paralisação de dois dias permitiu avanços significativos. Segundo André Oliveira, presidente do sindicato, “é uma vitória construída com adesão total dos trabalhadores. Vamos seguir negociando para reduzir ainda mais as demissões e buscar a recolocação em outras fábricas.”
O Portal A TARDE tentou contato com a empresa Gerdau e não conseguiu retorno.
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