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DIA DO JORNALEIRO

Tradição viva: Jornal A TARDE faz homenagem no Dia do Jornaleiro

Ofício que ainda hoje mantém proximidade com clientes fiéis, que não abrem mão de ter o jornal impresso em suas mãos todas as manhãs

Jair Mendonça Jr

Por Jair Mendonça Jr

30/09/2025 - 13:19 h
Banca Morumbi, no bairro da Pituba
Banca Morumbi, no bairro da Pituba -

Há 167 anos, o dia 30 de setembro é dedicado aos jornaleiros, profissional que há muito tempo foi o único elo entre a notícia e o leitor. Com o avanço da tecnologia, a forma de consumir notícias mudou, mas ainda existe quem não abre mão do periódico impresso, mantendo relevância dessa profissão centenária nos dias atuais.

Wagner Lourenço dos Santos comercializa o jornal há 13 anos, na barraca Morumbi, na Pituba
Wagner Lourenço dos Santos comercializa o jornal há 13 anos, na barraca Morumbi, na Pituba | Foto: Jair Mendonça

Wagner Lourenço dos Santos, 41 anos, que há 12 trabalha na barraca Morumbi, na Pituba, disse que a procura pelo Jornal A TARDE ainda é alta. “Tenho clientes fieis, que vêm aqui comprar todos os dias. Quando não vêm, mandam alguém comprar”, conta.

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O aposentado Vicente Nedia Filho, 73 anos, é um deles. Ele disse que, todos os dias pela manhã, há 52 anos, faz questão de ir andando comprar o jornal.

“Acho que por isso me mantenho firme e com boa memória. A leitura diária me faz bem. Meu filho sempre me questiona porque eu ainda leio jornal, mas é um hábito que nunca vou deixar”, afirmou o aposentado.

Vicente Nedia Filho, morador da Pituba e leitor do A TARDE há 52 anos
Vicente Nedia Filho, morador da Pituba e leitor do A TARDE há 52 anos | Foto: Jair Mendonça

Nesta terça, 30, o Grupo A TARDE enviou dezenas de brindes para seus colaboradores para celebrar a data. Segundo Carlos Mafra, gerente do Mercado Leitor do Grupo, muito além da venda de jornais, os jornaleiros são os guardiões da notícia.

“Hoje é um dia muito importante para mim. Estamos celebrando o dia do profissional que garante que a informação chegue a cada canto da cidade. São profissionais que, com esforço e resiliência, enfrentam os desafios do dia a dia para manter viva uma tradição essencial”, ressalta Mafra.

Rogério Santos, coordenador de Venda Avulsa do A TARDE, disse que, entre A TARDE e MASSA, cerca de 14 mil periódicos são comercializados todos os dias.

“Mais que números, o jornal impresso informa com qualidade e ajuda a educação das pessoas. Ele também gera empregos para jornalistas, gráficos, entregadores e donos de bancas de revistas. Também registra a história e valoriza as notícias locais. Mesmo com a tecnologia, o jornal impresso ainda é muito importante para a sociedade”, pontua Rogério.

Banca Multicoisa, na Pituba
Banca Multicoisa, na Pituba | Foto: Jair Mendonça

Relação com os jornaleiros

A história dos jornaleiros no Brasil remonta ao século XIX. Segundo historiadores, a profissão teria começado em 1858, quando o jornal "A Atualidade" foi o primeiro a ser vendido avulso, utilizando pessoas escravizadas para distribuí-lo. Eles percorriam as ruas gritando as manchetes para atrair clientes.

A imagem dos jornaleiros, com suas pilhas de jornais sob o braço, gritando as manchetes nas praças, nos pontos de ônibus e nos portos, tornou-se parte da paisagem urbana de Salvador. Eles não eram apenas vendedores; eram a voz do jornal nas ruas, o elo direto entre a redação, que produzia a notícia, e o leitor, que a consumia.

A história do Jornal A TARDE, portanto, não pode ser contada sem reconhecer a contribuição dos jornaleiros. A sua capilaridade e a capacidade de chegar aos bairros mais distantes eram essenciais para a circulação e o sucesso do jornal. A confiança do público nos jornaleiros, que muitas vezes já os conheciam pessoalmente, facilitava a venda e fidelizava os leitores.

Ao mesmo tempo, para os jornaleiros de Salvador, vender o jornal era uma fonte de renda estável e um trabalho de respeito. A marca do jornal se tornou sinônimo de credibilidade, o que beneficiava os vendedores.

A relação era uma verdadeira parceria: o jornal precisava dos jornaleiros para distribuir a informação, e os jornaleiros precisavam do jornal para garantir seu sustento.

Assim, a história do jornalismo baiano, personificada pelo Jornal A TARDE, é um excelente exemplo de como a figura do jornaleiro, celebrada no dia 30 de setembro, foi e ainda é fundamental para a comunicação e a informação nas cidades brasileiras.

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