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PRESERVAÇÃO

Ipac cria grupo de trabalho para proteger quilombos baianos

Criação do Grupo de Trabalho Intersetorial representa marco significativo para as comunidades

Por Ian Peterson*

19/01/2024 - 6:40 h
Quilombo Pitanga de Palmares, do qual Mãe Bernadete era a líder
Quilombo Pitanga de Palmares, do qual Mãe Bernadete era a líder -

Em um movimento para preservar e reconhecer a riqueza cultural das comunidades quilombolas na Bahia, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) revelou ontem a criação de um Grupo de Trabalho Intersetorial. A iniciativa planeja implementar uma política pública de patrimonialização para os quilombos.

Segundo a diretora-geral do Ipac e historiadora, Luciana Mandelli, a criação do Grupo de Trabalho Intersetorial representa um marco significativo para as comunidades quilombolas na Bahia. “A principal vantagem da política de patrimônio é a conservação do bem. O mais importante nesse processo é que os quilombos serão reconhecidos também como patrimônio cultural, não apenas como área produtiva agrícola”, aponta.

O Ipac promoveu uma reunião na última sexta-feira com representantes de diversas instituições, incluindo a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado (Sepromi), a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Superintendência do Iphan Bahia e o Departamento de Patrimônio Material do Iphan, de Brasília.

Luciana explica que, como o processo nacional levará um tempo para ser concluído, um dos trabalhos do grupo durante esse período será o mapeamento para indicar as comunidades a serem estudadas e registradas. “As comunidades Quilombolas começarão a receber visitas técnicas, a ser notificadas individualmente e vão ajudar a construir a própria história”, diz ela.

As comunidades serão protagonistas, decidindo quais culturas e práticas desejam ver registradas no plano de salvaguarda. Esse enfoque participativo, segundo a diretora do , oferece às comunidades a oportunidade única de registrar suas identidades, memórias e saberes, assegurando a perpetuação desse valioso conhecimento ao longo do tempo. De acordo com Luciana, a iniciativa representa um resgate de décadas de atraso na incorporação de uma agenda antirracista nos processos de reconhecimento patrimonial brasileiro.

*Sob a supervisão da jornalista Hilcélia Falcão

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